A abordagem violenta inflamou diversas discussões, já que tem muitas semelhanças com o trágico caso George Floyd
Pamela Malva Publicado em 24/02/2021, às 15h30
No dia 23 de dezembro de 2020, a jovem Isabella Collins chamou a polícia e pediu que oficiais fossem até a sua casa. Ela estava com medo que seu irmão, Angelo Quinto, de 30 anos, machucasse sua mãe em meio a um ataque de pânico.
O problema é que, assim que os oficiais chegaram, a abordagem utilizada pelos oficiais levou Angelo ao hospital. Em um caso parecido com a morte de George Floyd, o homem foi imobilizado pelos joelhos dos agentes, posicionados em seu pescoço e costas.
Angelo faleceu três dias depois da fatídica noite e, para John L. Burris, advogado da família, o homem foi vítima de asfixia. Por isso, inclusive, no dia 18 de fevereiro, a família da vítima abriu uma ação contra a cidade de Antioquia, na Califórnia, Estados Unidos, por homicídio culposo, segundo noticiou a KABC-TV, via UOL.
Na última segunda-feira, 22, o xerife do condado de Contra Costa disse que a causa da morte de Angelo segue sendo investigada. Da mesma forma, o caso continuará sendo analisado pelo procurador distrital, que procura entender o que realmente aconteceu.
Entenda o caso
Naquele dia 23 de dezembro, após acionar a polícia, a família de imigrantes filipinos tentou acalmar Angelo, que acabou ficando mais tranquilo. Quando os agentes chegaram, no entanto, o medo e o terror voltaram, mas por outro motivo.
Enquanto imobilizavam Angelo, os policiais norte-americanos se ajoelharam nas costas e no pescoço do homem, que estava deitado no chão. Em vídeo feito pela mãe do homem, é possível acompanhar a ação e os pedidos de socorro do imigrante.
A vítima permaneceu no chão, imobilizada pelos joelhos dos oficiais e algemada, por quase cinco minutos. Em determinado momento, a mãe do homem percebeu que ele não estava mais reagindo e, no vídeo, é possível ver o rosto de Angelo ensanguentado.
Com a família do homem questionando toda a abordagem, os policiais rapidamente retiraram Angelo do chão, colocando-o em uma maca. Desacordado, o imigrante de 30 anos foi levado às pressas para o hospital, mas não conseguiu sobreviver, morrendo três dias depois, apesar do tratamento. A causa da morte, contudo, ainda não foi definida.
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