A mariposa da espécie Salma brachyscopalis Hampson - Divulgação/Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA
Reino Animal

Não era vista há mais de um século: a mariposa encontrada em mala de viajante

Em setembro do ano passado, agentes alfandegários nos Estados Unidos se surpreenderam com o conteúdo de uma bagagem

Redação Publicado em 25/05/2022, às 16h31

Agentes alfandegários do Aeroporto Metropolitano de Detroit Wayne County, nos Estados Unidos, se surpreenderam ao inspecionarem o conteúdo de uma mala de um viajante que vinha das Filipinas para o país em setembro do ano passado.

Além do próprio passageiro, a bagagem carregava um segundo turista: uma mariposa que não era vista há mais de um século. Para se ter uma ideia, a última vez que a espécie foi identificada por pesquisadores foi em 1912.

De acordo com o jornal americano Smithsonian Magazine, repercutido pelo UOL, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) conseguiu só recentemente determinar de forma precisa a espécie do inseto encontrado em 2021 nos pertences do homem.

Descoberta da mariposa

Quando foram investigar a mala do jovem que havia chegado de viagem, os agentes se perceberam que ela contava com pacotes de sementes com pequenos furos, que, segundo o passageiro, seriam usadas para preparar chá medicinal.

Durante a revista mais aprofundada, porém, perceberam que aquilo contava com larvas e pupas de um inseto que não pôde ser identificado imediatamente. Havia ainda buracos de saída possivelmente feito por um inseto de dentro das cápsulas.

Depois disso, o material foi coletado e enviado para testes, onde as larvas amadureceram em quarentena e deram origem a mariposas com manchas de cerdas pretas. Foi quando os especialistas em agricultura da alfândega decidiram enviá-las ao USDA.

Foi a partir da análise aprofundada do órgão americano que foi possível determinar o inseto como da espécie Salma brachyscopalis Hampson, parte da família Pyralida. A última vez que a mariposa foi vista por cientistas foi no Sri Lanka em 1912.

Segundo a entomologista M. Alma Solis, especializada em mariposas para o USDA e do Instituto Smithsonian, ela é "muito obscura para possuir o valor medicinal ou estético que motiva os contrabandistas" e foi trazido sem segundas intenções para os Estados Unidos.

ciência Estados Unidos História notícia Filipinas inseto mala mariposa

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