Maria Marighella, presidenta da Funarte - Aju Paraguassu
Marighella

Neta de Marighella fala sobre 'esquecimento' dos crimes ocorridos durante a ditadura

Presidenta da Funarte, Maria Marighella fala sobre a importância de impedir que os crimes da ditadura sejam esquecidos

Redação Publicado em 08/06/2023, às 09h07 - Atualizado às 09h20

Neta de Carlos Marighella e presidenta da Funarte, Fundação Nacional de Artes, Maria Marighella chamou atenção para um fato que afeta a história brasileira atualmente: o 'esquecimento' dos crimes ocorridos durante a ditadura militar, iniciada em 1 de abril de 1964 e durou até 15 de março de 1985. 

Enquanto realizava visita no Museu Sítio de Memória Esma, que no passado serviu como local de detenção, extermínio e tortura para a ditadura na Argentina, Maria disse que o incentivo a memória e justiça no país inspira ações ao redor do América Latina.

Em sua fala, Maria também relembrou que, no Governo Bolsonaro, as comissões que avaliavam e buscavam reparação para crimes da ditadura foram extintas. 

"No último governo brasileiro, as comissões da verdade, que avaliavam os casos de tortura, morte e desaparecimentos, ocorridos na ditadura foram desmontadas. Conhecer a nossa história é fundamental para que os crimes do passado não incidam sobre o que somos hoje enquanto sociedade", disse Maria Marighella, como repercutido com exclusividade pela Coluna de Ancelmo Gois, no O Globo.

Diferente da Argentina, que julgou e responsabilizou os crimes ocorridos durante a ditadura, o Brasil não condenou um único agente que atuou ativamente no período histórico.  

Presidenta da Funarte

Maria foi nomeada presidenta da Fundação Nacional de Artes – Funarte em fevereiro deste ano. É a segunda vez que a atriz e produtora cultural trabalha na Fundação. Entre 2015 e 2016, ela foi coordenadora de teatro da entidade. Além disso, integrou o processo de construção da Política Nacional das Artes.

A respeito da ditadura militar brasileira, Maria Marighella pede não só que os agentes públicos, responsáveis por tortura e mortes, sejam responsabilizados, mas também que respondam os agentes privados que foram os grandes financiadores do golpe. Ela também pede que não exista mais a comemoração do golpe de 64.

Brasil ditadura tortura Crimes sociedade Maria Marighella Funarte

Leia também

Funcionário de aeroporto na Indonésia despenca de escada de desembarque


Holandesa de 29 anos consegue direito a eutanásia por sofrimento mental


Em um desafio, adolescente come chip de pimenta e morre nos EUA


Após show de Madonna, areia de Copacabana é vendida como item raro na internet


Colônia de Roanoke: Arqueólogos lançam nova luz sobre a misteriosa história


Após ficar 10 horas desaparecida, idosa é resgatada em bueiro