Martin Cooper, o homem que inventou o celular - Rico Shen, Creative Commons
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O desabafo do homem responsável pela invenção dos celulares: 'Eu me sinto péssimo'

Homem por trás da criação dos celulares fez forte desabafo sobre a tecnologia nos dias atuais

Redação Publicado em 03/04/2023, às 11h05

Em 3 de abril do ano de 1973, Martin Cooper foi responsável por uma invenção que revolucionou a maneira como as pessoas se comunicam. Diferente dos modelos atuais, os primeiros celulares até mesmo receberam o apelido de 'tijolão'. Mas foi através da genialidade de Cooper que foi possível realizar a primeira chamada móvel há exatos 50 anos. 

Naquele momento, ele atuava na renomada empresa Motorola. Ao liderar um time não só de engenheiros, mas também designers, a ideia era conseguir criar a primeira tecologia que fosse, de fato, móvel, conforme repercutido pela AFP.

De tão inovador, o projeto contava com um investimento de milhões de dólares e batia de frente com a Bell System, que era a maior no ramo de telecomunicações dos EUA. Foram eles os responsáveis por inserir telefontes em automóveis após a Segunda Guerra, uma revolução, todavia, o aparelho contava com uma grande bateria, que necessitaria dos carros. Mas, essa não era a ideia de de mobilidade que Martin Cooper tinha em mente.

Com um time em peso, fora capaz de apresentar o modelo DynaTAC. Em entrevista, Cooper lembra que o aparelho tinha mais de um quilo e a bateria pouco durava. 

"Esse telefone pesava mais de um quilo e tinha bateria para 25 minutos de conversação", resgatou ele. "Mas este último não foi um problema. O telefone era tão pesado que você não conseguia segurá-lo por mais de 25 minutos".

O desabafo

O preço também chama atenção, os modelos iniciais poderiam custar até US$ 5 mil (aproximadamente R$ 131 mil). Cooper também relembrou que os primeiros clientes eram pessoas que atuavam no ramo imobiliário. Ele sabia que se tratava de uma grande invenção que, inclusive, resultou nos diferentes modelos e tamanhos que temos nos dias atuais. 

Na entrevista, ele lamentou que as pessoas sejam tão viciadas nos aparelhos atualmente. "O problema com os celulares é que as pessoas não param de olhar para eles", disse ele. Embora tenha em mente que os celulares podem ser ainda mais importantes no futuro, o criador se preocupa com a maneira atual como as pessoas usam o dispositivo.

"Quando vejo alguém atravessando a rua olhando para o telefone, eu me sinto péssimo. Eles não estão pensando", explicou em conversa com a AFP. "Mas depois que várias pessoas forem atropeladas, vão entender", disse em tom de brincadeira.

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