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Matérias / MH370

Teoria do celular fantasma: Por que os telefones do avião MH370 continuavam tocando?

Boeing 777 da Malaysian Airlines desapareceu em 8 de março de 2014 e jamais foi encontrado. Desde então, teorias sobre seu sumiço se espalharam

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 20/03/2023, às 18h00 - Atualizado em 08/03/2024, às 13h22

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Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’ - Divulgação/Netflix
Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’ - Divulgação/Netflix

No ano passado, o lançamento do documentário da Netflix ‘Voo 370: O avião que desapareceu’, que relata o sumiço do voo MH370 da Malaysian Airlines na madrugada de 8 de março de 2014, o paradeiro do avião voltou a ser debatido por internautas. 

38 minutos após decolar do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, o Boeing 777, que tinha como destino Pequim, na China, sumiu dos radares e jamais foi encontrado novamente, embora prováveis destroços da aeronave apareceram nestes últimos 9 anos. 

+ Blaine Gibson: o homem que ficou conhecido como 'caçador de destroços do voo MH370'

A falta de respostas, como se pode imaginar, fez surgir inúmeras teorias da conspiração sobre o desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines. Talvez a grande questão que ajudou na disseminação de teorias seja: por que os celulares dos passageiros ainda tocavam apesar das alegações de sua queda?

Celular fantasma

Horas após o desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines, as buscas pelo paradeiro do Boeing 777 ainda aconteciam. Como mostrado no documentário da Netflix, ainda sem informações, familiares dos passageiros e tripulantes tentaram contato com seus entes queridos. Entretanto, as ligações só chamavam, tocando até cair

Com as futuras alegações de que a aeronave havia caído no oceano, uma grande questão surgiu: se o avião realmente caiu em alto mar, como os telefones dos passageiros continuavam tocando? 

Conforme repercute o The Lab, 19 famílias de vítimas do voo MH370 da Malaysian Airlines afirmaram que os telefones de seus entes queridos mantiveram um entranho tom de discagem. Isso significaria que os telefones ainda estava operando, certo?

Quatro dias após o sumiço, uma mulher foi a TV chinesa mostrar ao público que o telefone de seu irmão ainda chamava. Corroborando com as "chamadas fantasmas", o engenheiro de suporte de telecomunicações Paul Franks foi enfático: 

Se o avião tivesse caído no Oceano Índico, não há como os telefones ainda tocarem. Assim que um telefone é submerso na água, especialmente água do mar, ele morre.”

Com isso, surgiram especulações que os passageiros ainda estavam vivos. Teria sido o MH370 sequestrado e sua tripulado sido feita refém? O fenômeno gerou a “teoria do celular fantasma”

Familiares de passageiros do MH370/ Crédito: Divulgação/Netflix

Mas um relatório publicado pelo The Daily Star, em 2018, aponta que analistas de telefone sem fio disseram que o tom eterno de discagem não significa necessariamente nada. O som ouvido pelos familiares seria um truque usado pelas operadores para manter os 'chamadores' na linha enquanto a rede tenta se conectar. 

Isso não significa que o telefone para o qual você está ligando esteja tocando”, disse Jeff Kagan à NBC News. 

"A rede está procurando o telefone. Primeiro com base em onde estava pela última vez, depois [a procura] se expande. Então, se a rede não conseguir encontrar o telefone, a chamada será encerrada", explicou. 

Afinal, conforme o especialista, enquanto a chamada está tentando se conectar, o telefone para o qual você está ligando pode continuar tocando por um longo período. Mas, do outro lado, ele pode nem sequer estar tocando

Telefones desligados, em modo avião ou sem sinal podem parecer contactáveis enquanto a rede busca por uma conexão, mas, na realidade, eles podem estar em qualquer lugar, até mesmo dormindo eternamente no meio do Oceano. 

Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’/ Crédito: Divulgação/Netflix

Em 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysian Airlines decolou do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur em direção a Pequim, na China. 38 minutos depois, porém, seu sinal desapareceu e o mesmo jamais foi encontrado. O Boeing 777 transportava 239 pessoas a bordo — 227 passageiros e 12 tripulantes.