Trecho de vídeo do então príncipe Charles dançando com a sambista brasileira Pinah - Reprodução/YouTube/iconic
Rei Charles III

O dia em que Charles veio ao Brasil e dançou junto de escola de samba

Segundo parceira de dança, Charles era "desengonçado mas muito educado"

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/09/2022, às 12h15 - Atualizado às 16h49

Há mais de 40 anos, o novo rei Charles III — então apenas conhecido como príncipe Charles —, no auge de seus apenas 29 anos, protagonizou um dos momentos que mais ficaram marcados na história do Carnaval carioca. Na época, ele simplesmente dançou junto a uma escola de samba do Rio de Janeiro, e as imagens correram por todo o mundo.

Era 1978 quando, depois de dois dias em São Paulo, o então príncipe do Reino Unido desembarcou no Rio. Lá, ele tinha compromissos no Palácio da Cidade, onde era sediada a prefeitura, e, depois de cumprir com seus compromissos da agenda, claro que aproveitou a estadia no país para aproveitar e conhecer mais de nossas festas e cultura.

Com isso, a escola de samba Beija-Flor de Nilópolis foi chamada para fazer uma apresentação durante o evento. O inesperado foi a forma como Charles reagiu ao evento: sem espanto, o monarca apenas se deixou levar pelo ritmo do samba e arriscou alguns passos, ao lado de uma sambista, Pinah, que veio a ficar conhecida pelo mundo inteiro como 'Cinderela Negra'.

A moça fantasiada e com boa parte do corpo à mostra rebolava, sorria, o puxou para dançar, tudo sem sequer imaginar que se encontrava frente a frente com o próprio príncipe do Reino Unido. Maria da Penha Ferreira, a Pinah, lembrou em entrevista ao F5, da Folha de S. Paulo, que "nem sabia quem ele era", na época, aos 18 anos.

Sempre foram comuns apresentações de escolas de samba para políticos e empresários, por isso já era comum à essas performistas a interação com grandes figuras. No entanto, mesmo sem saber de quem se tratava, Pinah já entendia que se tratava de uma presença especial: "O chefe dos seguranças avisou que a gente não podia passar de uma linha. Colocaram uma faixa no chão e avisaram que era para sambar daquela linha para atrás, estava cheio de regras."

A apresentação

Eu não tinha noção de quem ele era, e a primeira coisa que reparei foi que ele era muito desengonçado", lembra Pinah em entrevista, bem-humorada.

Foi só ao fim da festa que ela descobriu que se tratava de um membro da Família Real Britânica. Posteriormente, ainda, as imagens do príncipe requebrando no Brasil correram pelo mundo, e fizeram de Pinah uma figura conhecida por diversos países.

Na época, ainda especulou-se muito que Charles poderia estar bêbado na ocasião, mas a sambista nega: "Ele era muito simpático e não estava bêbado". Posteriormente, ainda, em 2012, Pinah teve também a oportunidade de conhecer o príncipe Harry, caçula entre Charles e Diana, quando este veio ao Rio de Janeiro.

O ruivinho é simpático e educado, como o pai", comenta, como informado pelo F5, da Folha.

Bem-humorada, ela agora espera também ser convidada para assistir pessoalmente a coroação oficial de Charles como rei. "Eu sou quase uma rainha, as outras mulheres dele vieram depois de mim", comenta.

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