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Notícias / Rei Charles

Após polêmicas e criticas, o que esperar do reinado Charles, filho de Elizabeth II

Novo monarca, Charles foi príncipe por 70 anos e agora tentará sair da sombra da mãe

Redação Publicado em 08/09/2022, às 17h48

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Rei Charles, filho da falecida rainha Elizabeth II - Getty Images
Rei Charles, filho da falecida rainha Elizabeth II - Getty Images

Charles Philip Arthur George passou 70 anos como príncipe herdeiro do Reino Unido, filho da rainha Elizabeth II — que veio a falecer nesta quinta-feira, 8 —, de forma que só agora, aos 73 anos, passará a ser finalmente chamado de 'rei Charles' por todo o mundo. 

Sempre se apresentando publicamente como uma figura extremamente formal, de vez em quando até desengonçado, Charles é muitas vezes referido como sinônimo de falta de carisma entre os que acompanham a família real britânica - muito pelo seu relacionamento com Diana.

Agora, o homem mais velho a assumir o trono na história do Reino Unido deverá ter um reinado apenas de transição, entre o longevo de 70 anos de sua mãe, e o próximo de William, seu filho — que é visto por muitos como uma salvação da realeza, com maior modernização.

Rainha Elizabeth II, novo rei Charles, e príncipe William, em colagem, respectivamente
Rainha Elizabeth II, novo rei Charles, e príncipe William, em colagem, respectivamente / Crédito: Getty Images

Mas talvez não seja tão transitório assim. Charles herdou os genes da mãe e do pai e pode muito bem reinar por 20 anos", diz Annette Mayer, especialista em monarquia britânica da Universidade de Oxford, como informado pela Folha de S. Paulo, em referência à Elizabeth II e Philip, que faleceram aos aos 96 e 99 anos de idade.

A figura de Charles sempre foi associada a controvérsias e problemas, de forma que foi até mesmo criticado por Lady Di, a princesa Diana, em uma entrevista de 1995 à BBC, em que ela sugeriu que Charles não teria condições psicológicas para ser rei, e a posição deveria ser passada diretamente para William, seu filho mais velho.

No entanto, Mayer afirma que a popularidade do novo rei melhorou muito desde a década de 1990, visto sua participação em diversas causas ambientais e sociais, que patrocina. "Ele melhorou sua imagem desde os tempos difíceis que teve. Charles agora é um homem mais velho e mais sábio, então é mais respeitado. Mas é difícil ser tão respeitado como sua mãe", afirma.

Novo rei

Agora, com a ascensão de Charles à liderança da família real, um forte sentimento republicano pode ser desencadeado em toda a população do Reino Unido. Com isso, um novo referendo sobre a independência da Escócia entra em questão, o que pode ser doloroso para o antigo príncipe de Gales.

Sem uma autoridade política real — visto que a posição de rei não lhe garante poderes políticos, sendo esses atribuídos à nova primeira-ministra Liz Truss —, o novo monarca poderá apenas tentar influenciar o humor do eleitorado, de forma a tentar evidenciar as vantagens em manter o reino intacto.

Segundo alguns especialistas da realeza, ainda, Charles deve investir mais em simplificações de rituais da monarquia, reduzir custos e pluralizar a cultura do Reino Unido. Ainda, há especulações de que, durante o juramento de sua coroação como rei, ele prometerá defender 'as fés', em vez de 'a fé' anglicana, que é a religião oficial do país.

Além disso, mesmo que não possua um poder político legitimado, acredita-se que a participação em pelo menos opinar sobre questões cotidianas se dê no novo reinado, visto que ele já enviava memorandos a ministros antes, o que arranhava o princípio basilar — de não envolver a Coroa com a política —, que sua mãe tanto respeitava.

Fotografia da rainha Elizabeth e do então príncipe Charles
Fotografia da rainha Elizabeth e do então príncipe Charles / Crédito: Getty Images