Quadro 'Salvator Mundi' de Leonardo da Vinci - Getty Images
Artes

Oligarca russo perde processo contra casa de leilões após acusação de fraude

Dmitry Rybolovlev acusou a Sotheby's de conspirar com o negociante de arte para inflacionar preço de obras, incluindo 'Salvator Mundi', atribuída à da Vinci

Fabio Previdelli Publicado em 31/01/2024, às 10h17

Na última terça-feira, 30, o bilionário russo Dmitry Rybolovlev perdeu na Justiça uma ação que movia contra a casa de leilões Sotheby’s — a qual acusava de conspirar com um comprador de arte para fazê-lo pagar mais por várias obras que adquiriu ao longo de anos. 

Após várias horas de deliberação, o júri decidiu em favor da Sotheby’s, informou a CNN. O processo dizia respeito a mais de 100 milhões de dólares nas compras de quatro obras que o magnata russo fez através do comprador Yves Bouvier — o que incluía Salvator Mundi, uma representação de Cristo atribuída a Leonardo da Vinci, que se tornaria a obra de arte mais cara vendida em leilão.

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Bouvier atuou por mais de uma década como agente do bilionário, ajudando-o a comprar 38 obras-primas por mais de 2 bilhões de dólares. O processo, que foi movido por Rybolovlev no Tribunal Distrital dos EUA em Manhattan, dizia que ele acreditava que Bouvier estava conduzindo "negociações árduas com os vendedores" em seu nome, quando na realidade ele estava "inflacionando os preços reais de venda em quase 100%".

O processo ainda afirmava que a casa de leilões, como corretora das transações, conspirou com Bouvier para "justificar os preços fraudulentos que cobrou" das empresas de Rybolovlev.

Um exemplo disso seria a própria obra 'Salvator Mundi', que Bouvier comprou da Sotheby’s por 83 milhões de dólares apenas um dia antes de vendê-la para Rybolovlev, por 127,5 milhões, em 2013. Vale ressaltar que, quatro anos depois, a obra foi vendida em um leilão pelo preço recorde de 450,3 milhões de dólares. 

A Sotheby’s

No julgamento, a advogada da Sotheby’s, Sara Shudofsky, disse aos jurados que Rybolovlev estava "tentando fazer uma parte inocente pagar pelo que outra pessoa fez a ele".

A Sotheby’s não sabia nada sobre essas mentiras", disse Shudofsky. "A Sotheby’s não teve conhecimento e não participou de nenhuma má conduta."

Após o veredicto a seu favor na terça-feira, a casa de leilões afirmou em comunicado que a decisão "reafirma o compromisso de longa data da Sotheby’s em defender os mais altos padrões de integridade, ética e profissionalismo em todos os aspectos do mercado de arte".

"Estamos gratos ao júri pelo seu veredicto, que justifica totalmente a Sotheby’s de qualquer alegada má conduta", disse um representante de casa de leilões. "Durante todo o julgamento, houve uma flagrante falta de provas apresentadas pelo demandante e, como ficou claro desde o início, a Sotheby’s cumpriu rigorosamente todos os requisitos legais, obrigações financeiras e melhores práticas da indústria durante as transações destas obras de arte".

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