Em livro de entrevistas lançado na última quarta-feira, 9, o depoimento do líder religioso chamou atenção por se opor a questões da igreja
Wallacy Ferrari Publicado em 10/09/2020, às 13h30
Um comentário do Papa Francisco movimentou os bastidores da igreja católica nesta quarta-feira, 9. Um livro de entrevistas, publicado na Itália pelo escritor Carlo Petrini, contém uma fala do líder religioso sobre o prazer sexual e culinário, atribuídos por ele como um “prazer divíno”, ou seja, enviado diretamente por Deus como um impulso.
De acordo com o pontífice, o prazer “vem diretamente de Deus” e não é atribuído a nenhuma religião ou profeta: "O prazer de comer serve para manter uma boa saúde, da mesma forma que o prazer sexual serve para embelezar o amor e garantir a continuidade da espécie", acrescentou o Papa.
Francisco ainda acrescentou que a “moralidade abençoada” que rejeita a noção de prazer — como é propagado pela Igreja Católica ao longo de séculos — distorce o verdadeiro significado do Cristianismo. De acordo com ele, tal visão "causou enormes danos, que ainda são perceptíveis em alguns casos".
O depoimento de Francisco colhido pelo escritor e jornalista italiano Carlo Petrini ocorreu durante suas jornadas na Itália em movimentos contra as redes de fast-food, defendendo sistemas de alimentação saudável — tanto para os produtores, quanto para os consumidores. Carlo é fundador do Slow Food que, apoiado pelo argentino, promove a melhoria das refeições com conversas filosóficas e governamentais.
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