Canhão paraguaio exposto no pátio Epitácio Pessoa - Wikimedia Commons / Rodrigo Padula
Paraguai

Paraguai quer de volta troféus de guerra que se encontram em terras brasileiras

Entre as peças almejadas pelos paraguaios está um canhão utilizado contra o Brasil durante a Batalha do Curupaiti

Giovanna Gomes Publicado em 15/08/2023, às 12h56

El Cristiano, um canhão exposto no pátio Epitácio Pessoa do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, materializa uma uma longa disputa entre Brasil e Paraguai. Forjada a partir do derretimento de sinos de diversas igrejas paraguaias, o item foi utilizado contra o Brasil na Batalha do Curupaiti, em 1866, durante a Guerra do Paraguai.

Terminada a guerra, no ano de 1870, porém, o exército brasileiro acabou tomando posse do canhão como troféu. Hoje, 153 anos após o fim do conflito, o presidente paraguaio, o conservador de direita Santiago Peña, manifesta interesse em repatriar uma série de itens, entre eles o canhão mencionado.

Como destacou o portal DW, o político disse há um mês a jornalistas que "há equipamentos que foram tomados pelas forças brasileiras e que agora estão nos museus brasileiros, e isso pertenceu ao governo paraguaio". O chefe do Executivo acrescentou ainda que pretende conversar com o presidente Lula (PT) sobre a melhor forma de reaver essas peças.

Peça tombada

Do ponto de vista dos paraguaios, o canhão em discussão simboliza a união do povo em prol da nação, devido à matéria-prima da qual é forjado. No entanto, um fator que torna uma possível restituição complexa é o fato de que o artefato foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no ano de 1998.

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