Dom Phillips em imagem - Arquivo Pessoal
Dom Phillips e Bruno Araújo

Perícia confirma que corpo localizado é o de Dom Phillips

Jornalista e indigenista estavam desaparecidos na Amazônia desde começo do mês

Redação Publicado em 15/06/2022, às 17h50

Uma perícia confirmou que o corpo localizado na Amazônia é o do jornalista inglês Dom Phillips. O resultado fora possível diante de um exame feito na arcada dentária, conforme repercutido pelo G1.

"A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal combinado com a Antropologia Forense. Encontram-se em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos", explicou a PF. 

Bruno Araújo e Dom Phillips /Crédito: Arquivo Pessoal

 

Desaparecidos desde 6 de junho, a dupla estava no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas. Estavam lá a fim de produzirem uma matéria com indígenas próximo à localidade Lago do Jaburu. Eles faziam expedições juntos desde 2018, segundo o The Guardian. 

Dom Phillips era inglês e colaborador do jornal The Guardian, e estava trabalhando em um novo livro. Ele faz reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos internacionais,além do que estava representando, como o The Washington Post, o The New York Times e o Financial Times. Já Bruno era coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos, segundo uma nota publicada pela Unijava. 

Indícios de crime

De acordo com algumas fontes locais, a dupla sofreu ameaças durante todo o percurso da pesquisa. O ocorrido estava sendo investigado pela Polícia Federal desde as primeiras 24 horas do desaparecimento deles. Dois suspeitos de estarem envolvidos no caso foram presos durante a investigação: os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e  Amarildo da Costa de Oliveira.

O presidente Jair Bolsonaro foi muito pressionado pela mídia internacional para dar algum parecer sobre o caso e, em muitas aparições públicas, ele defendeu o ponto de que a culpa era de Dom e Bruno, que não pensaram muito em alternativas mais seguras. Em entrevista ao canal de Leda Nagle, no último dia 15, ele reforçou o ponto de que a presença do jornalista no local era como uma “excursão”.

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