A descoberta aponta que vikings foram infectados com um dos mais antigos parasitas humanos conhecidos
Wallacy Ferrari Publicado em 05/09/2022, às 18h52
Um grupo de pesquisadores viu uma pesquisa ter seus rumos mudados após uma descoberta proporcionada pela tecnologia; ao analisar fezes humanas fossilizadas atribuídas a povos vikings com ferramentas modernas, foi possível identificar a presença de um composto chamado quitina.
Tal material era presente nos ovos de tricurídeos, cuja identificação por análises de DNA permitiram compreender que vikings sofreram com a infecção de um dos mais antigos parasitas humanos na alimentação. Os resquícios dos ovos foram isolados e examinados, conforme revela o extenso artigo da descoberta, publicado na revista científica Nature.
As fezes, por sua vez, foram encontradas em latrinas de assentamentos na Noruega, nas regiões de Viborg e Copenhagen, mas também na Letônia e Holanda. Outras descobertas do local atribuem a datação de até 2,5 mil anos atrás. Com tal dado, trata-se de uma das pesquisas mais aprofundadas sobre o parasita.
Além da descoberta, os cientistas envolvidos na análise conseguiram comparar amostrar de fezes antigas de várias origens e continentes distintos, todas com evidências de parasitas, de forma a fornecer uma visão mais ampla sobre a atuação do tricurídeo ao longo dos séculos.
Sabemos há muito tempo que podemos detectar ovos de parasitas com até 9 mil anos de idade no microscópio. Para nossa sorte, os ovos são projetados para sobreviver no solo por longos períodos”, afirmou o professor Christian Kapel, um dos autores do estudo.
+Confira o estudo completo em inglês clicando aqui
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