Restos de casco de tartaruga encontrados - Divulgação/Edwin Cadena/Universidade do Rosário e STRI
Tartaruga marinha

Pesquisadores encontram fóssil mais antigo de gênero de tartaruga marinha

Fóssil com 6 milhões de anos foi encontrado na costa caribenha do Panamá

Giovanna Gomes Publicado em 03/10/2023, às 07h49

Poucas são as informações disponíveis sobre a história e a evolução das tartarugas marinhas do gênero Lepidochelys. Porém, em estudo publicado no dia 28 de setembro na revista científica Journal of Vertebrate Paleontology, cientistas divulgaram uma descoberta significativa: a detecção de traços de DNA em restos de cascos encontrados ao longo da costa caribenha do Panamá.

Essa descoberta inovadora oferece uma compreensão mais profunda da preservação de tecidos moles e a possível preservação de material biológico original, como proteínas e DNA, ao longo do tempo. Edwin Cadena, da Universidade do Rosário, na Colômbia, observou que, até então, a presença de DNA antigo só havia sido documentada em dois fósseis de dinossauros, incluindo um do famoso Tyrannosaurus rex.

De acordo com informações da revista Galileu, o estudo foi uma colaboração entre a Faculdade de Ciências Naturais da Universidade do Rosário e o Instituto de Pesquisa Tropical Smithsonian (STRI) dos Estados Unidos.

Fóssil mais antigo

O fóssil encontrado representa o registro mais antigo dessas tartarugas, sugerindo que elas habitaram a Terra há cerca de 6 milhões de anos, durante o período do Mioceno Superior. Nesse período, o planeta estava passando por mudanças significativas, com um clima mais frio e seco, a formação de geleiras nos polos, além de uma diminuição no nível do mar e na quantidade de chuvas.

Os pesquisadores conseguiram identificar a presença de células ósseas preservadas (osteócitos) com estruturas semelhantes a núcleos e realizaram testes para confirmar a presença de material genético nos cascos fossilizados.

Os fósseis caribenhos do Panamá que conseguimos resgatar ao longo dos anos estão ajudando a reescrever a história dos vertebrados marinhos do Istmo", disse o cientista coautor do estudo, Carlos De Gracia.

+Confira aqui o estudo completo.

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