Atiq Ahmed e seu irmão foram mortos ao vivo - Divulgação / vídeo / UOL
Político

Político morto ao vivo na Índia era acusado de mais de 100 crimes

Atiq Ahmed e seu irmão, Ashraf, foram assassinados enquanto eram entrevistados por repórteres, no último sábado, 15

Giovanna Gomes Publicado em 17/04/2023, às 07h11

O ex-político indiano Atiq Ahmed, que foi morto aos 60 anos junto a seu irmão, Ashraf, no último sábado 15, enfrentava mais de 100 acusações criminais, incluindo condenações por sequestro e extorsão. O assassinato do homem que começou a carreira política atuando em cargo equivalente ao de deputado estadual e foi membro do Parlamento indiano entre 2004 e 2009, foi transmitido ao vivo na televisão da Índia.

Segundo informações do portal de notícias UOL, Ahmed foi acusado pela primeira vez no ano de 1979, em um caso de homicídio. Já na década seguinte, o homem conquistou forte influência na parte ocidental da cidade de Allahabad. Mais tarde foi condenado por sequestro e extorsão.

Em 2019, o principal tribunal do país ordenou a transferência de Atiq para outra prisão depois que as autoridades descobriram que ele planejava ataques a um empresário na unidade prisional onde estava detido. Na ocasião, o ex-político aguardava julgamento em outro caso. No mês passado, ele foi condenado à prisão perpétua por um caso de sequestro ocorrido em 2006.

Filho de Ahmad

O filho do político, Asad, foi morto recentemente pelas forças do governo, já que era procurado pelo assassinato de uma testemunha-chave em um caso relacionado a um partido político. Antes de ser morto ao vivo pela televisão, Ahmed estava explicando aos jornalistas que não pôde ir ao enterro de seu filho porque as autoridades não o levaram à cerimônia.

Ele, que estava sendo levado ao hospital para um check-up algemado e escoltado pela polícia, foi baleado na cabeça enquanto conversava com repórteres. De acordo com a fonte, os atiradores se disfarçaram de jornalistas e atiraram à queima-roupa em Ahmed e em seu irmão.

Três pessoas foram presas, mas os nomes dos supostos atiradores não foram divulgados. Os assassinos gritaram palavras de ódio contra muçulmanos, que são a minoria étnica na Índia. A polícia, no entanto, ainda não confirmou se o crime foi motivado por intolerância religiosa.

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