O presidente da China Xi Jinping - Getty Images
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‘Precisamos descartar a mentalidade de Guerra Fria’, diz presidente da China

Xi Jinping advertiu para ‘consequências catastróficas’ de ‘atos de contenção, de repressão ou de confronto’ entre nações

Isabela Barreiros Publicado em 18/01/2022, às 11h58

Durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o presidente chinês Xi Jinping teve um discurso transmitido em que advertia para os riscos de possíveis confrontos entre nações, que ele considerou capazes de gerar “consequências catastróficas”.

"A história mostrou repetidamente que o confronto não resolve problemas, apenas provoca consequências catastróficas", afirmou o dirigente da China, conforme a tradução oficial de seu pronunciamento.

"Precisamos descartar a mentalidade de Guerra Fria e buscar coexistência pacífica e resultados em que todos ganham", declarou. "Nosso mundo atual está longe de ser pacífico. A retórica que desperta ódio e preconceito é abundante".

Como noticia o jornal Folha de S. Paulo, Jinping destacou que "atos de contenção, de repressão ou de confronto", assim como o protecionismo, o unilateralismo e a política de hegemonia são responsáveis por danificar a paz e a segurança do planeta.

"Atos obstinados de construir 'quintais exclusivos com muros alto' ou 'sistemas paralelos', de entusiasticamente montar pequenos círculos ou blocos exclusivos que polarizam o mundo, de esticar o conceito de segurança nacional para conter avanços econômicos e tecnológicos de outros países, de fomentar o antagonismo ideológico e de politizar ou de usar questões econômicas, científicas e tecnológicas como armas reduzirão gravemente os esforços internacionais para enfrentar desafios comuns", alertou.

O líder chinês não nomeou nenhum país ou presidente especificamente, mas a declaração acontece em um momento em que nações ocidentais, em especial os Estados Unidos, acusam a China de falta de transparência em relação à covid-19, assunto do qual o político também tratou no discurso.

Usando uma metáfora, o presidente comparou os países a barcos e disse que, em uma crise global, as nações não estão navegando de maneira separada "em cerca de 190 pequenos barcos, mas num navio gigante do qual depende o destino de todos".

"Barcos pequenos podem não sobreviver a uma tormenta, mas um navio gigante é forte o suficiente para enfrentar uma tempestade", acrescentou Jinping, que completou que buscar culpados pela pandemia "só causaria atrasos desnecessários e distrairia do objetivo geral".

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