Cracolândia - Divulgação/Youtube/Band Jornalismo
Internação involuntária

Prefeitura viabiliza internação involuntária para tratamento contra crack

O pedido de internação deve ser assinado por um familiar e por um médico

Redação Publicado em 06/06/2022, às 16h35

A Prefeitura de São Paulo adotou a internação involutária de usuários de crack como alternativa para o tratamento, através da autorização de parentes. A informação foi divulgada pela Rádio Bandeirantes nessa segunda-feira, 6.

Ao todo, foram internados 28 usuários desde que a cracolândia migrou para a Praça Princesa Isabel, em abril deste ano. Os dependentes foram levados para comunidades terapêuticas ou hospitais associados à prefeitura, involuntariamente. 

A gestão municipal não recorria a esse método desde 2019, quando a lei foi sancionada. A tática consiste na permissão para internação através da concessão de um parente e da assinatura de um médico. Até então, a internação contra a própria vontade era utilizada apenas para pacientes com problemas psicológicos

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou em entrevista à Rádio Bandeirantes que existem leitos suficientes para internação, e que serão construídas estruturas exclusivas para que os familiares e médicos assinem os pedidos.

“Nós temos o protocolo. Os médicos que fazem esse atendimento, nosso pessoal da assistência social, com os nossos psicólogos e também toda a estrutura com relação para poder ter os leitos. A prefeitura e o governo de São Paulo estão custeando isso na busca da pessoa poder se desintoxicar e se livrar do crack. É nessas situações onde os familiares solicitam e verificam que o familiar não tem outra alternativa a não ser tratamento médico”, afirmou.

Além da internação

Para o tratamento do vício em crack, apenas a internação não é o suficiente. Arthur Pinto Filho, promotor do Ministério Público, alegou também em entrevista à rádio, que após a desintoxicação, a pessoa deverá estar inserida em um contexto favorável para que o tratamento seja bem sucedido. 

“Não basta a desintoxicação. O homem, a lei prevê, terá que sair organizado, isso é, inserido no mercado de trabalho, com renda própria e com moradia, que é fundamental para o sucesso do tratamento”, afirmou ele.

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