Escalada da violência de gangues e pressão levaram o primeiro-ministro Ariel Henry a renunciar ao cargo nesta segunda-feira, 11
Giovanna Gomes Publicado em 12/03/2024, às 07h36
O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, 11, cedendo à pressão e à escalada da violência de gangues no país.
O anúncio se deu após uma reunião de líderes regionais na Jamaica, onde discutiram a transição política no país centro-americano. Henry encontrava-se em Porto Rico, após receber ameaças de gangues armadas.
De acordo com informações do portal de notícias Metrópoles, a renúncia de Ariel foi comunicada através de um vídeo, no qual ele declarou: “O governo que lidero vai renunciar imediatamente após a instalação de um conselho [de transição]”.
Quero agradecer ao povo haitiano pela oportunidade que me foi concedida. Peço a todos os haitianos que permaneçam calmos e façam tudo o que puderem para que a paz e a estabilidade voltem o mais rápido possível”, acrescentou.
A fonte destaca que o político assumiu a liderança do país em julho de 2021, após o assassinato do então presidente Jovenel Moïse. Durante seu mandato, ele adiou repetidamente as eleições, argumentando que a segurança deveria ser restabelecida antes do processo eleitoral.
Relatos de agências de notícias indicam que o Haiti tem enfrentado uma série de ataques altamente coordenados por gangues desde o início de março, com grupos armados incendiando delegacias de polícia e libertando prisioneiros.
Aa autoridades estimam que 80% da capital haitiana esteja sob controle de gangues, que buscam expandir seu domínio para o restante do território. Protestos civis em várias partes do país têm demandado ação urgente das autoridades para enfrentar a crise.
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