Professor que exaltou Hitler em sala de aula teve prisão negada por Justiça de SC

Um professor em Santa Catarina foi filmado por seus alunos em sala de aula, elogiando o ditador de extrema-direta, Adolf Hitler, cujas atitudes culminaram no genocídio de judeus e outras pessoas não consideradas arianas. O pedido do Ministério Público de prisão preventiva do docente foi rejeitado pela Justiça de Santa Catarina.

No vídeo, que repercutiu nas redes sociais, o professor da rede estadual de ensino faz elogios a Hitler e afirma ter “admiração” pelo ditador. O docente já havia sido afastado do ambiente escolar pela mesma situação, no final do ano passado.

No vídeo em questão, o professor declara: “Tenho admiração por Hitler, enormemente". 

Professor investigado

Como repercutido pelo UOL, é sigiloso o inquérito no qual o professor é investigado. A informação de que o pedido de prisão preventiva foi negado foi divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina.

Foi determinado pelo juízo da 2ª Vara de Imbituba, onde o episódio ocorreu, que ao invés da prisão, o professor Rubenval Sério Duarte seja afastado por 180 dias, prazo estendido — porém, o órgão determinou um afastamento de 60 dias — para atender à determinação da Justiça. Ele respondia a um processo administrativo disciplinar perante a Secretaria Estadual de Santa Catarina por outras declarações de apresso pelo nazismo. 

O professor é investigado pela 40ª Promotoria de Justiça de Imbituba e pelo Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e Intolerância. 

Ainda segundo a fonte, foi enviada ao Estadão pela Secretaria Estadual de Santa Catarina, a seguinte nota, na última quinta-feira, 16: "A Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da Coordenadoria Regional de Laguna, informa que, assim que tomou conhecimento da conduta do professor na manhã desta terça-feira, 14, começou a tomar todas as medidas cabíveis, visto que há um processo em andamento. O afastamento do professor foi prorrogado 60 dias e a SED informa que irá tomar todas as providências dentro da legalidade".