O estudo, que contesta uma antiga teoria, foi feito a partir do genoma da doença encontrado nos pulmões de Peder Winstrup
Pamela Malva Publicado em 15/08/2020, às 11h30
Quando entrou em contato com os restos bem preservados do Bispo Peder Winstrup, morto no século 17, a antropóloga Caroline Arcini soube que deveria investigar o corpo. Nos pulmões do homem, então, ela encontrou pistas sobre a origem da Tuberculose.
Enquanto ainda era vivo, o bispo foi um dos muitos indivíduos a sofrer com a pandemia da doença que devastou a Europa pós-medieval. Antes da descoberta, acreditava-se que a tuberculose se alastrou pelo mundo há milhares de anos, durante as migrações para fora da África. Agora, contudo, o tema ganha uma nova narrativa.
Segundo Susanna Sabin, do Instituto de Ciência da História Humana, os genomas da doença encontrados no Bispo Peder Winstrup são “a evidência mais forte disponível até o momento para que esse surgimento tenha sido um fenômeno neolítico”.
Assim, o novo estudo, publicado na Genome Biology, sugere que a tuberculose tem origens posteriores ao período neolítico. Ainda mais, a cronologia da doença coincide com o surgimento do pastoralismo e dos estilos de vida sedentários. Agora, os especialistas esperam encontrar mais indícios que comprovem essa teoria.
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