O senador nigeriano Ike Ekweremadu - MET Police
Nigéria

Senador nigeriano é considerado culpado por tráfico humano

Ike Ekweremadu facilitou a ida de homem à Inglaterra para dar rim à sua filha; entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 23/03/2023, às 14h12

Nesta quinta-feira, 23, o Crown Prosecution Service (CPS), principal órgão público para conduzir processos criminais na Inglaterra e no País de Gales, publicou um comunicado informando que o senador nigeriano Ike Ekweremadu, sua esposa e um médico foram julgados culpados por tráfico humano

Ike Ekweremadu (de 60 anos), sua esposa Beatrice (56) e o doutor Obinna Obeta (51), foram considerados culpados de facilitar a viagem de um jovem para a Grã-Bretanha com o intuito dele fornecer um rim para a filha de Ekweremadu, Sonia Ekweremadu (21).

Esta foi uma trama horrível para explorar uma vítima vulnerável, traficando-a para o Reino Unido com o objetivo de transplantar seu rim”, afirmou a promotora-chefe da Coroa, Joanne Jakymec.

O transplante

Segundo o The Guardian, em fevereiro de 2022, a vítima foi falsamente apresentada em uma unidade renal privada no hospital Royal Free, em Londres, como sendo primo de Sonia. O sujeito alegou que faria o transplante de rim de forma altruísta. 

O promotor Hugh Davies alegou ao tribunal que hospital Royal Free trataram o homem e outros doadores em potencial como"bens descartáveis" e "peças sobressalentes como recompensa"

O promotor ainda chamou a atenção para o comportamento do senador, um advogado de sucesso e fundador de uma instituição de caridade antipobreza que ajudou a redigir as leis da Nigéria contra o tráfico de órgãos: "Desonesto e hipócrita"

“O que ele concordou em fazer não foi simplesmente conveniente para os interesses clínicos de sua filha, Sonia, foi exploração, foi criminoso. Não é defesa dizer que ele agiu por amor à filha. Suas necessidades clínicas não podem prejudicar a exploração de alguém em situação de pobreza”, finalizou. 

Ike Ekweremadu, por sua vez, negou as acusações e informou que foi vítima de um golpe, disse o The Guardian. Obeta também negou e informou que o homem que doaria o rim agiu por vontade própria. Já Beatrice alegou não saber de nada em relação ao caso. Sonia Ekweremadu foi considerada inocente.

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