Erro médico resultou em morte; segundo o Ministério Público, pacientes tinham o mesmo nome
O Ministério Público denunciou duas médicas por homicídio culposo depois que ambas submeteram o paciente errado a um transplante de rim no Rio de Janeiro. O grave erro, cometido no dia 30 de setembro de 2020, no Hospital São Francisco na Providência de Deus, na Barra da Tijuca, resultou na morte de um homem de 58 anos.
De acordo com informações do portal CNN, a vítima é Francisco das Chagas Oliveira, que tinha praticamente o mesmo nome do paciente que deveria receber o órgão, Francisco das Chagas Oliveira Moura, de 52 anos.
Conforme aponta a denúncia do MP, as duas profissionais denunciadas eram as responsáveis por consultar os órgãos disponíveis e os respectivos receptores. Além disso, elas deveriam checar dados exigidos no momento da triagem pré-operatória.
Ambas teriam atuado de forma culposa ao negligenciarem a conferência dos dados que tinham sido encaminhados pelo serviço social.
De acordo com o MPRJ, durante a cirurgia de transplante, o médico responsável deparou-se “com condição clínica e peculiaridades anatômicas não apontadas no prontuário médico pré-cirúrgico”.
Por esse motivo, o profissional acabou por perfurar a veia cava da vítima. O homem foi imediatamente encaminhado à unidade de terapia intensiva (UTI), mas acabou falecendo.
Segundo a fonte, o erro teve início quando duas assistentes sociais do hospital, responsáveis pela localização do paciente renal para transplante, encaminharam Francisco das Chagas Oliveira, em vez de Francisco das Chagas Oliveira Moura. No entanto, a dupla não foi denunciada, uma vez que as profissionais celebraram acordos de não persecução penal com a promotoria.
