Suspeito pelo desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira - Divulgação/TV Globo
Desaparecimento no AM

Suspeito pelo desaparecimento de jornalista e indigenista na Amazônia é preso

Sujeito possui histórico de ameaças contra indígenas

Redação Publicado em 08/06/2022, às 10h16 - Atualizado às 10h42

Na manhã desta quarta-feira, 8, a jornalista Miriam Leitão informou no Bom Dia Brasil, da Rede Globo, que um homem suspeito pelo desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips foi preso no Amazonas pela Polícia Militar. 

Uma foto do suspeito também foi divulgada. Conhecido como Amauri, o sujeito possui um vasto histórico de ameaças contra indígenas, informou a jornalista.

A reportagem aponta que uma enorme pressão foi feita pela soltura de Amauri, visto não haver provas de seu envolvimento no crime. Porém, o homem acabou sendo preso em flagrante devido a suas constantes ameaças. 

Ele estava fazendo, nesse momento, uma ameaça à equipe dos indígenas que estava em busca. Isso foi considerado um flagrante", reportou Leitão.

O desaparecimento

O brasileiro Bruno Araújo Pereira, indigenista servidor da FUNAI, e o inglês Dom Phillips, jornalista colaborador do 'The Guardian', estão desaparecidos desde a manhã do último domingo, 5, quando chegaram à comunidade São Rafael por volta das 6h. 

Segundo nota divulgada pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), eles desapareceram no trajeto que liga São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, por onde passavam com o objetivo de fazer uma entrevista com indígenas próximo à localidade Lago do Jaburu. Eles faziam expedições juntos desde 2018, segundo o The Guardian.

"Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas", afirma a nota.

Conforme informou a Unijava, Bruno Araújo foi coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos e Dom Phillips, trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson, faz reportagens sobre o Brasil há mais 15 anos para veículos como 'Washington Post', 'New York Times' e 'Financial Times' e o jornal 'The Guardian'.

Ameaças

O indigenista Bruno Araújo Pereira era vítima de constantes ameaças por madeireiros, garimpeiros e pescadores. Segundo divulgado pela Unijava, a equipe vinha recebendo ameaças em campo:

"Enfatizamos que na semana do desaparecimento, conforme relatos dos colaboradores da Univaja, a equipe recebeu ameaças em campo. A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Policia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International." 

O desaparecimento dos dois está sendo investigado pela Polícia Federal desde então.

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