Personagem da obra de J.R.R. Tolkien é visto como predisposto à maldade e ser infeliz que obedece seu líder por medo
Fabio Previdelli Publicado em 03/05/2022, às 12h07
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, muitas polêmicas declarações foram feitas por ambas as partes. Mas uma em específico chama a atenção: em 19 de abril, Serhiy Gaidai, governador regional de Luhansk, disse que a cidade de Kreminna, ao leste do país, estava controlada por “orcs”.
Na literatura fantástica, os ‘orcs’ são os vilões mais comuns da mitologia de J.R.R. Tolkien, autor do clássico ‘O Senhor dos Anéis’. A expressão foi retirada do anglo-saxão, cujo seu significado é “monstro”. Mas seu contexto atual é muito mais profundo que isso.
Nas obras de Tolkien, somos apresentados à Terceira Era da Terra Média, onde humanos e diversas outras criaturas mágicas especiais convivem, como elfos, magos, hobbits, anões e, inclusive, orcs.
A narrativa aponta que os orcs são uma raça de criaturas subservientes, que foram criadas pelo malvado Valar Melkor, que os escravizou e os torturou cruelmente. A figura é retratada como seres infelizes e que odeiam todo mundo, inclusive a si mesmo e seus mestres — a quem obedecem apenas pelo medo.
Ao contrário de outras criaturas, os orcs são tidos como seres que jamais conseguiram fazer coisas boas e construtivas no passado, sendo capazes apenas de propagarem o mal, o caos e a destruição por onde passam. Sempre predispostos à maldade. Uma maneira muito parecida como muitos ucranianos enxergam os russos.
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