O ex-agente penitenciário relembrou o contato que teve com Mussolini antes de sua morte
Isabelly de Lima, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 13/02/2023, às 15h14
Ferdinando Tascini, o último carcereiro do ditador Benito Mussolini (1883 – 1945), afirmou que a Constituição da Itália deve ser protegida e, aos mais jovens, fez um apelo de respeito à Carta. Durante um evento em Cittá di Castello, na região da Úmbria, o idoso de 100 anos disse:
Sempre fiquem de olho na Constituição. Ali tem tudo. Depois dos trágicos momentos da guerra, ela sempre foi e sempre será para mim e para minha família a bússola da vida que nos guia e que nos deixa orgulhosos".
Tascini escolheu sua cidade atual para viver nas últimas décadas de vida, e sempre é festejado pela população local. No evento, ele contou detalhes de quando o italiano e seus colegas foram enviados para uma “missão especial e secreta”, sem saber o que aconteceria e que Mussolini havia sido preso momentos antes.
"Em Campo Imperatore, eu era o funcionário do telefone e recebia as notícias da base do teleférico. Então, chegou um carro escuro de onde saiu Benito Mussolini e sua equipe e entendemos o que estávamos ali para fazer. A ordem é que se ele tentasse fugir, nós deveríamos atirar", relatou.
Enquanto contava sobre o hotel que foi convertido em prisão e que deteve o ditador em 1943, entre agosto e setembro daquele ano, Ferdinando disse que via Mussolini "abatido, destruído, quieto e alguém que falava pouquíssimo" e que lembra "muito bem" do dia que os alemães chegaram no local com planadores, relatando o pavor da ocasião.
Segundo a ANSA, via UOL, o italiano disse que voltou com sua filha ao local em 2019 e relatou uma imensa vontade de chorar. Luca Secondi, prefeito de Città di Castello, estava presente na cerimônia e definiu o ex-agente penitenciário como um orgulho da comunidade.
Um exemplo e uma testemunha concreta dos fatos importantes da história que marcaram o país e que ainda os conta com uma lucidez extraordinária”, disse.
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