Ânfora contendo misterioso líquido estava em curiosa tumba ligada a lápides históricas
Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 26/05/2022, às 11h51
Um corpo parcialmente mumificado foi encontrado nas ruínas de Pompeia há cerca de um ano, juntamente de uma ânfora — espécie de vaso com duas alças — contendo um líquido avermelhado misterioso. Uma lápide identificava o corpo, Marcus Venerius Secundio, um ex-escravo, além de serem identificadas cinzas de outras 4 pessoas, que se acredita serem esposa e filhos de Marcus.
Em uma tumba anexada à da lápide, foi encontrada uma caixa de metal com uma urna de vidro dentro. Dentro do recipiente continham "mais de seis litros de um líquido avermelhado misterioso", segundo o arqueólogo Llorenç Alapont. De acordo com pesquisadores da Universidade de Valencia, na Espanha, acredita-se que o líquido em questão seja um tipo de vinho.
Caso isso se confirme, será a primeira vez que se constata que o vinho se conserva neste estado e seria o mais antigo encontrado na história, um vinho com mais de 2 mil anos", apontou Llorenç.
Segundo ele, outros vinhos antigos já foram encontrados anteriormente, mas nunca preservado em estado líquido por tanto tempo, como informou o portal de notícias da emissora de TV por assinatura History Channel Brasil.
Encuentran en una urna de cremación de vidrio en Carmona un "liquido rojizo" de 2000 años. https://t.co/0NNZCwZgXW
— Llorenç Alapont (@LlorAlapont) October 6, 2021
Caso a descoberta do líquido avermelhado de Pompeia se confirme como sendo a de um vinho, este passará a ser considerado o vinho mais antigo do mundo. No momento, o posto serve a uma garrafa de 1693 anos, com a bebida estragada. O vinho em questão foi encontrado em 1867, em Speyer, na Alemanha, e é do ano 325. A peça está exposta no museu local.
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