Embla Jauhojärvi em montagem com Madeleine McCann - Divulgação / Redes sociais
Madeleine McCann

A jovem que também já foi confundida com Madeleine McCann

Na época, a jovem mobilizou autoridades para confirmar sua identidade após morar nas ruas

Wallacy Ferrari Publicado em 25/02/2023, às 19h00 - Atualizado em 26/02/2023, às 11h20

Nos últimos dias, uma polonesa atraiu a atenção de diversos veículos de imprensa internacionais ao reunir uma série de supostas evidências de que poderia ser, na verdade, a inglesa Madeleine McCann, desaparecida em 2007 durante uma viagem dos pais a Portugal.

Identificada como Julia Faustyna, ela criou o perfil no Instagram chamado 'I am Madeleine McCann' ('Eu sou Madeleine McCann', em tradução livre do inglês), apontando que não tem memórias da infância e que, ao conhecer informações sobre o caso misterioso que intriga a polícia de diversos países europeus, se identificou.

A última aparição da inglesa foi em 3 de maio de 2007, na vila lusitana da Luz, enquanto os pais saíram para um passeio, deixando a arota sozinha no hotel. Desde então, mesmo com a propagação da mídia e trabalho conjunto entre os países envolvidos, nunca acharam sequer uma pista do paradeiro da pequena.

A jovem que afirma ser Madeleine McCann em montagem com foto antiga de Maddie / Crédito: Divulgação / Redes sociais

 

Julia, no entanto, não é vista pelas autoridades como uma possível pista, muito menos ser Madeleine. Contudo, esta não é a primeira vez que uma jovem estrangeira foi associada a britânica desaparecida; sete anos antes, o surgimento de uma pessoa em Estocolmo, na Suécia, angariava atenção até mesmo dos pais de McCann.

O caso

Em 2016, surgia a figura sueca de Embla Jauhojärvi, que em maio daquele ano, havia sido fotografada após ser vista perambulando nas ruas de sua cidade-natal, sem moradia e com roupas sujas e rasgadas.

Ao longo dos meses seguintes, a jovem de 21 anos simplesmente sumiu do alcance de autoridades, sendo vista novamente em novembro do mesmo ano, vivendo nas ruas de Roma, na Itália.

Ao ser alcançada, a polícia italiana tentou auxiliar, contudo, ela não tinha nenhum documento junto de seus pertences. Veículos de notícia britânicos, no entanto, apontavam que ela respondia a perguntas feitas em inglês, levantando pistas de que poderia ser uma garota britânica, como Madeleine.

A Missing People Of America, uma organização, acreditou que as características apontavam que ela poderia ser Madeleine, conforme repercutido pela Veja em matéria de 2017. Todavia, as idades não batiam. Na época, Embla tinha 21 anos. Madeleine, no mesmo período, teria 13. Outro ponto que chamou atenção, é que a menina não tinha a mesma mancha que Madeleine apresenta no olho direito.

Fim do mistério

Ao ter a imagem repercutida internacionalmente, seus pais se surpreenderam. Não eram os McCanns, mas sim, Tahvo Jauhojärvi, na época com 54 anos, como informou o jornal Extra, que havia perdido o contato com a filha justamente em maio, quando o primeiro avistamento dela como sem-teto foi registrado.

Na época, ele explicou que Embla é portadora da Síndrome de Asperger e havia sumido da própria residência em Estocolmo, na Suécia. Ele disse que sabia que a filha tinha interesse em ir para a Itália estudar. "Passei seis meses pedido ajuda a polícia sueca, mas eles não foram úteis", desabafou na época.

Ao provar que era sua filha, a sueca foi transportada ao encontro do pai e internada em um hospital para ser avaliada psicologicamente. Já o mistério sobre sua origem foi encerrado — sem qualquer relação com o caso de desaparecimento registrado em 2007.

mãe Suécia DNA instagram menina Desaparecida Madeleine McCann Julia Faustyna Embla Jauhojärvi

Leia também

Tragédia: Como foi a grande enchente de 1941 que afetou o Rio Grande do Sul?


A Maldição de 'Arnold': O que aconteceu com o elenco do seriado?


'Saturno devorando um filho': A história por trás da sombria obra de Goya


Linha Direta: Conheça o caso 'a guarda do neto', tema de novo episódio


O Caso Asunta: Entenda o final da série da Netlix baseada em um caso real


Porto Alegre: Como é o maior navio de guerra da América Latina enviado ao RS?