Família Perron - Wikimedia Commons
Sobrenatural

Família Perron: A assombrosa história real por trás de Invocação do Mal

Durante a década de 1970, um espírito maligno atormentou a família e serviu de inspiração para um dos filmes de terror mais bem sucedidos dos últimos anos

Alana Sousa e Letícia Yazbek Publicado em 01/03/2020, às 11h00

Invocação do Mal chegou aos cinemas em 2013, e é um dos filmes de terror mais aclamados das últimas décadas. Inspirado em fatos verídicos, a obra acompanha a família Perron, que se muda para uma casa mal assombrada em Rhode Island, nos Estados Unidos.

Logo os residentes começam a presenciar eventos sobrenaturais, contataram então os famosos investigadores de fenômenos paranormais, Ed e Lorraine Warren, que estudaram o caso. No filme, nos deparamos com um desfecho satisfatório, no qual um exorcismo consegue expulsar o demônio que atormenta a família. No entanto, na vida real a história se desenvolveu mais dramaticamente.

Família Perron

Formada por Carolyn, Roger e suas cinco filhas, a família se mudou para uma fazenda em Rhode Island em janeiro de 1971. A antiga casa possuía um enorme território, incluindo 14 quartos. Imediatamente após a mudança, eles começaram a notar fatos estranhos, porém sutis. Tais como vassouras que se moviam sozinhas e pequenas pilhas de poeira que se juntavam no centro da cozinha, esperando para ser colocado na lixeira.

Carolyn e suas cinco filhas / Crédito: Wikimedia Commons

 

 As crianças alegavam ver espíritos ao redor da casa. Enquanto alguns pareciam inofensivos — brincavam e chegavam a dar beijo de boa noite nas crianças —, havia aqueles que se mostravam agitados e agressivos. De acordo com Andrea Perron, uma das filhas, seu pai sentia uma presença fria e fedorenta no porão. Eventualmente camas levitavam no quarto. E aparelhos de aquecimento falhavam sem explicação.

A mãe, Carolyn, pesquisou o histórico da residência e descobriu um passado tenebroso. Ela havia pertencido a uma mesma família por oito gerações. E diversas mortes violentas e misteriosas aconteceram no território: uma criança foi assassinada, outras se afogaram no lago da fazenda, e outras se enforcaram no sótão.

Ainda em sua pesquisa, Carolyn descobriu que uma das donas da casa era uma mulher chamada Bathsheba Sherman, que morou na propriedade durante o século 19. Ela era conhecida por ser satanista, além de estar envolvida em um caso de assassinato de uma criança. A bruxa se enforcou em uma árvore na parte externa da casa — sua lápide pode ser encontrada no cemitério da cidade.

Lápide de Bathsheba / Crédito: Wikimedia Commons

 

A família desconfiava de que Bathsheba era presença maligna na casa. “Ela se considerava dona da casa e se ressentia da competição que minha mãe fazia para essa posição", contou Andrea.

Bathsheba era uma criatura horrível, descrições alegam que ela tinha um rosto “semelhante a uma colmeia de abelhas desidratada”, cheia de vermes e sem características humanas. Sua cabeça acinzentada era “inclinada para um lado”, como se seu pescoço tivesse sido quebrado e um mau cheiro ficava no quarto quando ela estava presente.

Ed e Lorraine Warren

Após ataques e ameaças para que os Perron, especialmente Carolyn, deixassem a casa, uma desconfiança de que a mãe estava possuída pela bruxa atormentou a família, que decidiu pedir ajuda para Ed e Lorraine Warren.

Por vários anos os investigadores tentaram ajuda-los, no começo Lorraine, que é médium, tentou se comunicar para entender o que os espíritos queriam, mas os ataques apenas se intensificavam. Foi quando decidiram realizar um exorcismo em Carolyn.

Lorraine e Ed Warren / Crédito: Wikimedia Commons

 

Sobre a noite que a cerimônia foi realizada, Andrea explicou: “A noite em que pensei que veria minha mãe morrer foi a noite mais terrível de todas. Ela falou com uma voz que nunca tínhamos ouvido antes e uma força que não é deste mundo a jogou a 6 metros de distância em outra sala”.

Apesar das tentativas do casal Warren de livrar a família do espírito maligno, a situação se agravou. Roger decidiu que os investigadores deveriam deixar a casa imediatamente. Os Perron viveram na casa por cerca de dez anos até terem condições financeiras de se mudar. Em 1980, eles foram para Geórgia.

A filha mais velha, Andrea, escreveu três livros sobre sua experiência na casa, e hoje viaja dando palestras.


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