Palco de um dos mais notórios crimes da Antiguidade foi transformado na mais famosa colônia de gatos da Itália
Letícia Yazbek Publicado em 20/09/2019, às 08h00
O Largo di Torre Argentina, praça na qual o líder militar romano Júlio César foi assassinado, em 44 a.C., abriga uma colônia de gatos, chamado Colonia Felina di Torre Argentina.
O local já hospedou quatro templos romanos e está ligado ao Teatro de Pompeu, o primeiro teatro permanente de Roma. Quem passa por lá pode apenas observar as ruínas de longe — em 2021, após ser restaurada, a praça será aberta ao público.
Após a escavação das ruínas, em 1929, alguns gatos se estabeleceram na área e foram alimentados por moradores. Nos anos 1950, o ator Antonio Crast encontrou o antigo armazém onde arqueólogos guardavam suas ferramentas. Lá, começou a alimentar e a cuidar dos gatos.
As chaves do armazém passaram de mão em mão até chegarem a Lia Dequel, uma das fundadoras do santuário. Desde então, a colônia cresceu e se tornou “o mais famoso santuário de gatos da Itália”, além de ser o mais antigo de Roma.
Por enquanto, os únicos que podem acessar o lugar são os cerca de 250 gatos que vivem no santuário e os voluntários que cuidam deles. Grande parte dos habitantes da colônia tem necessidades especiais — alguns não possuem parte de uma pata, outros são cegos.
Alguns dos felinos estão disponíveis para adoção. Além disso, é possível fazer doações para contribuir com a manutenção do local e o cuidado dos felinos. Ocasionalmente, arqueólogos também visitam o local.
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