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Arte

Em 1911, a Mona Lisa foi roubada

Desaparecida por 2 anos, a obra foi encontrada em um local insólito

Sérgio Miranda e Mauro Souza Publicado em 21/08/2019, às 09h00 - Atualizado em 29/05/2022, às 17h13

Com a queda de Napoleão em 1815, a Mona Lisa, obra de Leonardo da Vinci, seguiu para seu definitivo lar: o Louvre. Em meio a alguns dos maiores tesouros artísticos de todos os tempos, ela parecia, enfim, ter encontrado a segurança e tranquilidade que merecia. E assim foi, por quase 100 anos. Até que no século 20, uma onda de tormentos tirou o seu sossego. 

Em 21 de agosto de 1911,  Mona Lisa foi roubada. Dois anos depois, a polícia prendeu o pintor italiano Vincenzo Peruggia quando este tentou vender o quadro para o governo italiano por 95 mil dólares. Em todo esse tempo, a obra esteve trancada em um baú no pequeno apartamento de Vincenzo.

Durante o julgamento, ele disse ter sido motivado por patriotismo: queria devolver o quadro à Itália. Acabou recebendo uma pena de prisão de um ano e 15 dias e a Mona Lisa foi devolvida a Paris, recebida com honras de chefe de Estado.

Ela ficou tão em evidência e passou a ser tão assediada que, em 1956, acabou vítima de pelo menos dois atentados. No primeiro, um visitante não identificado lançou ácido sobre a tela — e a parte inferior da pintura, danificada, precisou ser restaurada.

Às 16h15 do dia 30 de dezembro, o estudante boliviano Ugo Unzaga Villegas jogou uma pedra na tela. O impacto descascou a pintura perto do cotovelo esquerdo de Mona Lisa. Ele foi preso e encaminhado pelas autoridades francesas para tratamento psiquiátrico. A obra foi restaurada.

Apesar dos ataques, o Louvre decidiu atender a outro tipo de assédio. Museus de todo o mundo queriam expor a obra, e, em 1963, Mona Lisa deixou pela primeira vez a Europa e seguiu para os Estados Unidos.

Para a viagem, foi feito um seguro, o que exigiu que, de forma inédita, o quadro fosse avaliado: se algo acontecesse a ele, o preço a ser pago seria de 100 milhões de dólares. Mas ela voltou sã e salva de sua temporada na América. Tanto que, em 1974, deixou novamente a França para um tour pelo Japão.

Hoje a obra está em exibição no Louvre — devidamente protegida por um vidro a prova de balas — e atrai milhares de visitantes todos os anos. 

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