Augusto Pinochet, ditador chileno - Wikimedia Commons
Personagem

Neste dia, em 2006, morria o ditador chileno Augusto Pinochet

Líder do regime militar no país, Pinochet foi responsável por deixar a população abaixo da linha de pobreza e tornou-se alvo de 300 ações criminais

Pamela Malva Publicado em 09/12/2019, às 11h04

Diversos países latino-americanos passaram por anos e mais anos de Ditadura Militar. Algumas mais brandas e outras que deixaram cicatrizes eternas nos respectivos Estados. Antigo conhecido do Brasil, o regime ditatorial instaurado no Chile ficou marcado por sua violência.

Com mais de 80 mil pessoas presas e outras 30 mil torturadas, a Ditadura Militar Chilena teve início em 11 de setembro de 1973. Seu primeiro presidente, representando o fim dos anos democráticos, foi Augusto Pinochet, morto em 10 de dezembro de 2006. O ditador assumiu poder total sob o Estado chileno após liderar o golpe militar que levou ao regime. Segundo números oficiais, durante os 17 anos de governo Pinochet, mais de três mil pessoas foram assassinadas.

A repressão teve início após a tomada do poder. Pinochet tornou ilegais todos os partidos de esquerda que apoiavam o ex-presidente Salvador Allende. Quanto ao povo, o governo militar caçou dissidentes, suas famílias e outros civis.

Aclamado pela direita, Pinochet desfila em carro / Crédito: Wikimedia Commons

 

Por outro lado, a Ditadura Militar Chilena, sob os comandos de Pinochet, valorizou a economia do país. Enquanto governava, o ditador procurou modernizar o Chile, controlou gastos, manteve preços estáveis e privatizou diversos setores, atraindo investimentos internos e externos.

Sob um novo plano econômico de diretrizes neoliberalistas chamado de O Ladrilho, o país entrou nos anos conhecidos por defensores como "milagre chileno", em 1973. Por mais que tenha havido períodos de altos e baixos, a economia chilena logo se tornou a mais saudável da latino-americana no início da década de 1990.

Entretanto, quanto à população, as contas não fecharam perfeitamente. Em 1990, durante a democratização, 38,6% da população do país estava abaixo da linha de pobreza. Com essa queda e com a brutalidade da repressão política, não foi surpresa quando o governo Pinochet tornou-se impopular.

Funeral de Pinochet, em 2006 / Crédito: Wikimedia Commons

 

Em 5 de outubro de 1988, o ditador foi vencido no plebiscito que teria prolongado seu mandato por mais oito anos. Assim, depois das eleições de 1989, Augusto entregou o posto da presidência para Patricio Aylwin, um democrata-cristão, em 11 de março de 1990.

Após sair da presidência, Pinochet foi alvo de mais de 300 ações criminais — elas vão de casos de corrupção até acusações de assassinato. No dia 3 de Dezembro de 2006, o ex-ditador sofreu um ataque cardíaco e, sete dias depois, faleceu devido a um infarto e um edema pulmonar agudo, aos 91 anos, no Hospital Militar.


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