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Curiosidades / Inglaterra

5 crimes inacreditáveis que ocorreram na Inglaterra Vitoriana

Durante o século 19, o país foi palco de crimes horrendos motivados tanto pela ganância quanto pela loucura

Caio Tortamano Publicado em 09/12/2019, às 18h58

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Prisão da Era Vitoriana - Getty Images
Prisão da Era Vitoriana - Getty Images

A Inglaterra do século 19, em um período conhecido como Era Vitoriana, ficou marcada pelo aumento significativo de crimes misteriosos e sinistros que ocorreram na época, sejam os relatos do terrível Jack, o Estripador, ou a assassina de bebês, Amelia Dyer.

Outras histórias não foram tão difundidas quanto essas, por isso escolhemos os cinco casos mais sinistros ocorridos durante a Era Vitoriana.

1. Priscilla Guppy

Quando completou 90 anos, Guppy estava com seus dias contados. Em seus momentos finais, decidiu confessar um crime ocorrido 65 anos antes, enquanto ainda trabalhava num bordel. Certa noite, dois homens da clientela começaram a brigar. Assustada com a situação, Guppy tentou solucionar a briga acertando um dos rapazes diversas vezes com um ferro de passar roupa.

A ação quebrou o crânio do cliente, que acabou morrendo de imediato. Dois homens ajudaram a assassina a esconder o corpo, enrolando-o em um lençol e jogando o corpo do alto de uma baía.

O cadáver foi encontrado no dia seguinte. Tanto os homens quanto a mulher apresentaram álibis sólidos o bastante para serem inocentados, deixando o caso em aberto até o momento de sua confissão. Guppy morreu logo depois ter confessado o crime, e não chegou foi julgada.

2. Dr. Thomas Neil Cream

Nascido na Escócia e tendo crescido no Canadá, Thomas Cream engravidou acidentalmente uma mulher. Aproveitando de suas funções como médico, resolveu realizar um aborto na grávida. Ela quase não resistiu ao procedimento, e Cream se viu obrigado a fugir um dia depois do casamento para a Inglaterra.

Dr Thomas Neil Cream / Crédito: Reprodução

Chegando ao país, ele retomou seus estudos no Hospital St. Thomas, em Londres, onde aprofundou seus conhecimentos a respeito dos efeitos do clorofórmio. Com a substância, ele seria capaz de controlar suas vítimas, muitas das quais eram prostitutas.

Depois disso, acabou fugindo para os Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, como forma de escapar e enganar a polícia. Quando chegou em solo canadense, abriu uma clínica de aborto como fachada para seus crimes. Entretanto, após ser relacionado a uma série de assassinatos no local, se mudou para Chicago.

Nos Estados Unidos, assassinou o marido de uma de suas várias amantes, e acabou preso. Porém, foi solto pouco tempo depois por bom comportamento. Ao sair da prisão voltou para Londres.

Lá ele acabaria sendo preso depois de cometer seus últimos quatro crimes. Em alguns casos, ele adulterava bebidas dadas para as vítimas com o objetivo de causar sonolência e ficando assim vulneráveis. Em 1892 ele foi enforcado como punição ao assassinato da prostituta Matilda Clover.

3. William Palmer

Palmer era um bem-sucedido doutor inglês, muito conhecido por seus conhecimentos e manuseio com venenos. Conhecido como “O Príncipe dos envenenadores”, ele se casou com uma mulher rica chamada Ann Thornton, herdeira de um hotel em Stanford.

O doutor, viciado em apostas, era também muito ruim nelas, o que lhe rendia diversas dívidas e pouco dinheiro. Logo após o casamento, William começou a pedir dinheiro emprestado para sua sogra, que depois de um tempo se recusou a fazê-lo.

William Palmer / Crédito: Wikimedia Commons

Não sabendo como reagir sem dinheiro, Palmer fez questão de envenenar a mãe de sua esposa, herdando todo dinheiro da senhora. Ela seria a primeira vítima de uma seleta lista.

Entre as possíveis vítimas estão um amigo do casal que morreu envenenado logo após visitar eles, 4 de seus filhos que morreram ainda durante a infância, e a sua própria esposa, Ann. O mais suspeito em relação a mulher, foi o fato de Palmer ter aberto um seguro de vida em nome dela poucas semanas antes da morte.

Esse fato despertou suspeitas na empresa de seguros, que começou uma investigação sobre a morte, chegando à conclusão de que o doutor teria envenenado pelo menos 11 pessoas fatalmente. Foi um dos primeiros casos na história onde corpos foram exumados para contribuir em investigações.

O prínicipe dos envenenadores foi condenado a morte e enforcado na frente de um público estimado em 30.000 pessoas.

5. Kate Webster

Em 1879, Julia Martha Thomas precisava de ajuda para cuidar de sua luxuosa residência após a morte de seu marido. Assim, resolveu contratar Kate Webster, que ajudaria com a casa.

Entretanto, Webster, na verdade, se chamava Catherine Lawler e seu primeiro delito foi uma tentativa de furto aos 15 anos. Com o decorrer da adolescência, ela ficou rica com roubos a ponto de se mudar para a Inglaterra a procura de novas vítimas.

O seu golpe notório havia sido bastante engenhoso. Ela alugava um quarto para morar, vendia tudo que havia dentro dele e se mudava para a próxima “mina de ouro”. Na casa de Thomas não foi diferente, a não ser pelo fato de que a impostora assassinou brutalmente a proprietária da casa com um machado. Após a morte, ela desossou o corpo da viúva colocando a ossada em uma caixa e despachando-os.

Quando acreditava ter se livrado de qualquer evidência, Webster roubou a identidade de Julia Thomas, vendendo os itens da casa em seu nome. Um vizinho sentiu falta da víuva, e chamou a polícia que prendeu a impostora.

Momento da execução da impostora / Crédito: Wikimedia Commons

Para ler mais sobre assassinos da era vitoriana indicamos as leituras a seguir:

Jack, o estripador: A investigação definitiva sobre o serial killer mais famoso da história, Donald Rumbelow (2018)

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Do Inferno, Alan Moore (2014)

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