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Curiosidades / Richthofen

Caso Richthofen: O que você precisa saber antes de assistir ao filme

Novo filme sobre o caso Richthofen, que chocou o Brasil em 2002, chega ao streaming nesta sexta-feira, 27

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/10/2023, às 16h53

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Cena de 'A Menina Que Matou os Pais - A Confissão', novo filme sobre o caso do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen - Divulgação/Amazon Prime Video
Cena de 'A Menina Que Matou os Pais - A Confissão', novo filme sobre o caso do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen - Divulgação/Amazon Prime Video

Na noite de 31 de outubro de 2002, ocorria na casa de uma família tradicional em um bairro nobre de São Paulo um dos crimes mais conhecidos e brutais das últimas décadas: o assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen. O verdadeiro choque sobre o crime, porém, só veio depois que as investigações apontaram Suzane, filha do casal, como uma das suspeitas.

Quase duas décadas após a morte do casal von Richthofen, o crime segue lembrado. Foi por isso que, em 2021, o caso foi relembrado pelo cineasta brasileiro Maurício Eça com dois filmes: 'A Menina Que Matou os Pais' e 'O Menino Que Matou Meus Pais', baseados, respectivamente, em relatos de Daniel Cravinhos — namorado de Suzane na época e cúmplice no assassinato — e de Suzane.

Agora, nesta sexta-feira, 27, chega ao Amazon Prime Video o terceiro longa de Maurício Eça sobre o caso: 'A Menina Que Matou os Pais - A Confissão'. A nova produção mostrará como as autoridades conseguiram acabar com a farsa que envolveu Suzane, Daniel e Cristian Cravinhos — irmão de Daniel e terceiro envolvido no crime —, e a verdade por trás dos atrozes assassinatos, revelada pelas investigações policiais.

Compreendendo melhor a premissa por trás deste terceiro filme sobre a morte de Manfred e Marísia von Richthofen, confira a seguir alguns detalhes sobre o caso que você precisa saber antes de assistir 'A Menina Que Matou os Pais - A Confissão':

Nada de Latrocínio

A princípio, Suzanenão foi apontada como autora do crime. Isso porque foi ela quem acionou a polícia, alegando que os pais foram assassinados e alguns bens tinham desaparecido. Porém, isso tudo só foi parte de seu frio plano.

O crime aconteceu da seguinte maneira: enquanto o irmão, Andreas, estava em um cibercafé, o trio invadiu a casa da família. Os irmãos mataram os pais de Suzane, enquanto ela espalhava joias e parte do dinheiro que existia; além disso, ela quem sugeriu que eles utilizassem luvas cirúrgicas, para não deixar digitais.

Frieza

Na delegacia, conforme relatou José Masi, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo e o responsável pelo caso na época, ao Estadão, Suzane levantou suspeita devido ao seu comportamento: "A Suzane e o Daniel trocavam beijinhos ao se cruzarem no corredor, um chamava o outro de benzinho, um comportamento que não era esperado de quem tinha acabado de perder pai e mãe", disse ele.

Além disso, quando outra investigação foi realizada na casa dos Richthofen, uma inspeção no lixo feita por Masi revelou caixas vazias das joias da família. "A Suzane se aproximou e pediu para ficar com a caixa de joias como uma recordação. Nesse momento, tive a clara percepção de que ela sabia onde estavam as joias 'roubadas'", conta o ex-delegado.

Fotografia da família von Richthofen, com Suzane, Andreas, Marísia e Manfred, respectivamente
Fotografia da família von Richthofen, com Suzane, Andreas, Marísia e Manfred, respectivamente / Crédito: Wikimedia Commons

O irmão 

Geralmente o nome menos mencionado no caso dos von Richthofen é o de Andreas, irmão mais novo de Suzane, que tinha apenas 15 anos na trágica noite de 31 de outubro de 2002. No entanto, os depoimentos do jovem foram importantes para abrir caminho na investigação.

Conforme relatado pelo investigador Robson Feitosa com exclusividade à equipe Aventuras na História, durante as investigações e interrogatórios, os irmãos Richthofen foram mantidos separados, para que não houvesse troca de informações entre eles.

Dessa forma, Andreas acabou revelando uma série de conflitos existentes entre Suzane e Manfred, que não aprovava o relacionamento com Daniel — e assim alguns começaram a suspeitar da verdadeira criminosa, na época com 19 anos.

+ Como o interrogatório de Andreas von Richthofen foi importante para a investigação?

Fortuna dos Richthofen

Um fato relevante no caso é que a família Richthofen era abastada — viviam em uma grande casa no Brooklin, um bairro nobre de São Paulo. Manfred era um engenheiro alemão naturalizado brasileiro, e Marísia era médica psiquiatra; já Suzane, estudava de direito na PUC. 

Cinco anos após o julgamento e determinada a prisão de Suzane, foi decidido que ela era indigna de receber o patrimônio que herdaria originalmente. Por isso, o único herdeiro de tudo foi Andreas. A fortuna, vale mencionar, seria avaliada em torno de 3 milhões de reais na época do crime, repercutiu o G1 em 2015.

Suzane hoje

Hoje, já faz mais de 20 anos que o crime que chocou o Brasil marcou todas as manchetes de jornais. Nessas duas décadas, Suzane teve sua pena reduzida — era originalmente de 39 anos e seis meses, mas foi solta em janeiro deste ano.

Além disso, em setembro, o biógrafo de Suzane, Ullisses Campbell, confirmou que ela — hoje prestes a completar 40 anos — tem um relacionamento com Felipe Zecchini Muniz, que vive no interior de São Paulo, e está grávida de uma menina.

+ 21 anos após o assassinato dos Von Richthofen: O que aconteceu com os envolvidos?

Suzane von Richthofen
Suzane von Richthofen em entrevista em 2015 / Crédito: Reprodução/Vídeo/TV Record