Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Copa do Mundo

E se as copas de 1942 e 1946 tivessem sido disputadas?

Segunda Guerra Mundial resultou em obstáculos para as copas

Arquivo Aventuras na História Publicado em 11/12/2022, às 09h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem meramente ilustrativa - Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Pixabay

Para começar, o Brasil não teria esperado até 1950 para sediar sua primeira Copa do Mundo. Estava definido, desde 1940, que a edição de 1942 seria aqui – embora, na ocasião, o país não tivesse o Maracanã, cuja construção começou em 1949. A certeza sobre a sede, porém, não existia para a competição em 1946.

A tendência era que a Copa voltasse para a Europa, para que fosse respeitado o rodízio de continentes imposto pela Fifa, a Federação Internacional de Futebol (mesmo que ele tenha sido quebrado quando a França sediou o Mundial de 1938, depois de ele ter ocorrido na Itália). Palcos definidos, a competição tinha tudo para ser um fiasco.

Era grande a possibilidade de países envolvidos com a Segunda Guerra Mundial não enviarem suas seleções. Motivos não faltavam: com as verbas direcionadas à indústria bélica, o esporte tinha pouco incentivo. “Além disso, muitos atletas eram militares, estavam alistados e foram convocados para a batalha”, afirmou o historiador e jornalista esportivo Roberto Assaf, autor de 20 livros sobre futebol.

Relações políticas

E ainda, após a guerra, vale lembrar que havia o problema relacionado às relações políticas entre os países vencedores e os derrotados. Numa Copa num cenário de guerra, os países sul-americanos levariam vantagem, já que não estavam diretamente ligados ao embate.

“Países aliados nunca jogariam em um país que forma-se o Eixo, e vice-versa. Italianos e alemães jamais jogariam na Inglaterra. E, em 1946, nenhum país fascista estaria numa Copa. Mas a América La-tina não teria esse problema”, disse Andrei Markovits, cientista político e autor de Offside,Soccer & American Exceptionalism (“Impedimento, futebol e excepcionalismo americano”)