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Curiosidades / Cleópatra

Como foi a morte de Cleópatra? Os enigmas sobre o fim da icônica rainha do Egito

O enigmático suicídio da lendária governante, que morreu junto de seu império, é cercado de lendas e teorias

Ingredi Brunato Publicado em 10/05/2023, às 13h00 - Atualizado em 01/06/2023, às 11h37

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Pintura 'A morte de Cleópatra', Juan Luna (1881) - Wikimedia Commons/Juan Luna
Pintura 'A morte de Cleópatra', Juan Luna (1881) - Wikimedia Commons/Juan Luna

Em 30.a.C., o outrora poderoso Império do Egito caiu após três mil anos de existência. Foi conquistado por ninguém menos que o general Otávio Augusto, que viria a se tornar o primeiro imperador de Roma.

A anexação do território egípcio pelos romanos se deu após a famosa batalha naval de Áccio, ocorrida no fim de 31 a.C., em que foi afinal resolvida a Guerra Civil que tinha Augusto de um lado e Marco Antônio de outro, ambos liderando robustos exércitos. 

O segundo, que era o amante da lendária Cleópatra, sofreu uma derrota desastrosa. A última rainha do Egito, aliás, teria abandonado o conflito antes de seu desfecho, partindo com sua frota de volta para a terra firme. 

Pintura representando a Batalha de Áccio / Crédito: Domínio Público

Final trágico

A queda da rainha era iminente. Ela se isolou na cidade de Alexandria enquanto as tropas de Otávio marchavam sobre seu império, que àquele ponto já havia sofrido com instabilidade política enquanto tentava manter os conquistadores romanos afastados. 

Sabendo que o general pretendia exibir a governante egípcia como troféu de batalha em seu desfile de vitória em Roma, a última decisão de Cleópatra foi de cometer suicídio para impedir o romano de capturá-la com vida. 

A rainha teria encontrado seu fim num mausoléu, na presença de duas servas. A lenda em torno de sua morte possui um toque romântico: ela teria deixado que uma áspide, típica espécie de cobra egípcia, a picasse.

Segundo o historiador alemão Christoph Schaefer, todavia, que deu uma entrevista à Discovery News ainda em 2010, é provável que Cleópatra tivesse algum utensílio com veneno junto de si.

É certo que não havia nenhuma cobra envolvida na morte da Cleópatra", disse ele, como repercutido pelo site Publico também em 2010. 

Profunda conhecedora de substâncias tóxicas, ela teria usado um potente coquetel de cicuta, acônito e ópio, o que lhe proporcionaria um perecimento tranquilo e estaria conforme os relatos históricos a respeito de seu óbito. A suposta presença de dois furinhos (tais como os deixados pelos dentes de uma cobra) em seu braço, por sua vez, poderia ter sido criada através de um afiado grampo de cabelo. 

A morte pelas presas de uma serpente, por outro lado, é muito mais brutal, sendo capaz de demorar horas para se completar, período durante o qual a vítima agoniza lentamente, sofrendo não só com o efeito do veneno do réptil, mas também com a dor das mordidas e a falta de mobilidade gerada pela paralisia muscular. 

Ao mesmo tempo, os relatos de Cassius Dio, historiador romano, sobre a morte de Cleópatra descrevem uma 'morte calma e sem dor'. Textos antigos também citam a morte de assistentes da rainha ao mesmo tempo que ela, com isso, seria improvável que seu óbito tivesse acontecido pela picada de uma serpente.

É necessário enfatizar, porém, que os escritos de Cassius foram feitos 200 anos após a morte da rainha. Com isso, o fim de Cleópatra será marcado por hipóteses e controvérsias até que seu esqueleto seja encontrado e possa enfim ser analisado por pesquisadores.  

Rumor fatal 

Outro elemento que acompanha os trágicos momentos finais da última rainha da Dinastia Ptolomaica é a morte de seu amante, Marco Antônio, que teria empalado o corpo com a própria espada após ouvir um boato que Cleópatra havia tirado sua vida.

Cleópatra e Marco Antônio no filme Cleópatra, de 1963 / Crédito: Getty Images

Àquela altura, porém, a rainha permanecia viva. Embora gravemente ferido, ele ainda viveu o suficiente para conseguir ser levado até sua amada, morrendo em seus braços. Só depois disso ela cometeria seu fatídico suicídio por envenenamento.