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Curiosidades / A Sociedade da Neve

A Sociedade da Neve: O que aconteceu com o homem que ajudou os sobreviventes?

Sucesso na Netflix, A Sociedade da Neve retrata a história de sobrevivência após uma das maiores tragédias da história da aviação

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 24/01/2024, às 14h56 - Atualizado em 29/01/2024, às 09h42

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Sergio Catalán: Ficção e realidade - Divulgação/Netflix e Reprodução/Vídeo/Youtube
Sergio Catalán: Ficção e realidade - Divulgação/Netflix e Reprodução/Vídeo/Youtube

Sucesso na Netflix, o filme A Sociedade da Neve se tornou um dos mais comentados do mês de janeiro. Sensível e marcante, o longa retrata a história real do avião que colidiu com uma montanha na Cordilheira dos Andes enquanto levava o time de rugby uruguaio 'Old Christians Club', do Uruguai ao Chile. Além disso, também contava com familiares e amigos.

Isolados de tudo e todos, os sobreviventes encararam situações extremas: o frio, a fome e o medo do resgate nunca acontecer. Essa história inacreditável, ocorrida em outubro de 1972, ainda choca diferentes gerações. 

No top 10 dos filmes mais assistidos da plataforma de streaming, o diretor J.A. Bayona adaptou o livro de mesmo nome escrito pelo jornalista Pablo Vierci, que apresenta relatos dos sobreviventes. Realista ao pesadelo vivido pelos sobreviventes, o longa foi indicado ao Oscar na categoria de 'melhor filme estrangeiro'. 

Alerta spoiler!

No final do filme, o espectador confere o momento em que os sobreviventes Roberto Canessa e Nando Parrado decidem buscar ajuda. Após mais de 10 dias de caminhada, surge uma luz no fim do túnel. Na ocasião, Sergio Catalán, um condutor de mulas chileno, se deparou com a dupla em um riacho. Como o filme não se aprofunda em sua trajetória, fica a dúvida: O que aconteceu com Sergio?

Antes disso, é necessário relembrar como o condutor de mulas encontrou os rapazes. Na ocasião, ele trabalhava com o gado quando encontrou os sobreviventes. Na ocasião, ele até mesmo acreditou que os dois passeavam pelo local, sem imaginar os mais de 70 dias de agonia que a dupla enfrentou com outros sobreviventes. 

Primeiro, quando os vi, estava reunindo o gado, mas pensei que eram pessoas que estavam apenas passeando. Mais tarde, quando os vi correndo mais perto, quase a ponto de gritarem comigo, eles fizeram [sinais] com as mãos, mas não entendi o que diziam", disse Sergio Catalán em 1972, durante entrevista à Televisión de Chile. 

Assim surgiram novas dificuldades. Isso porque um riacho largo separava Canessa e Parrado. O barulho da água atrapalhava a comunicação com Sergio.

Em entrevista à Contacto, ele relembrou que os sobreviventes não tinham papel e nem lápis. Assim, se dirigiu até um amigo, conseguiu os itens e forneceu para que a dupla conseguisse se comunicar e explicar o que faziam no local.

Ao descobrir o inferno vivido pelos rapazes, Catálan viajou até as autoridades com o intuito de entregar o bilhete. Após 10 horas de cavalgada, repercute a CNN, ele conseguiu entregar a mensagem desesperadora aos Carabineros de Puente Negro. Depois, as autoridades iniciaram o resgate dos sobreviventes.

Sergio Catalán em entrevista - Reprodução/Vídeo

Em 22 de dezembro de 1972, dois helicópteros foram enviados ao local do acidente. Com péssimas condições meteorológicas, os 16 rapazes foram resgatados em dois dias, diferente do que mostra o filme. Diante do ato louvável, o chileno criou um vínculo com os homens. 

Falecimento

Infelizmente, Catálan faleceu no dia 11 de fevereiro de 2022, aos 91 anos. Na época, Carlos Páez, um dos sobreviventes da tragédia, lamentou o falecimento de Sergio, descrito como um 'pai'. 

“É um momento difícil, porque um capítulo da nossa história está se encerrando e para nós ele foi como um pai. Tivemos um vínculo ao longo destes 47 anos, permanente e no tempo”, desabafou ele à CNN Chile.