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Curiosidades / Naufrágio

Veja como documentaristas encontraram um barco que afundou em 1895

A embarcação teria afundado após um acidente e acredita-se que 11 marinheiros faziam parte da tripulação

Redação Publicado em 01/11/2023, às 17h54

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Navio encontrado no Canadá - Divulgação / Inspired Planet Productions
Navio encontrado no Canadá - Divulgação / Inspired Planet Productions

Com um drone subaquático, uma equipe liderada pelos documentaristas Yvonne Drebert e Zach Melnick realizou uma descoberta notável: um naufrágio que está a 85 metros de profundidade nas águas do Lago Huron, localizado em Ontário, Canadá, e que tem uma história datando há 128 anos.

A revelação dessa incrível descoberta foi anunciada em 6 de outubro pela produtora Inspired Planet Productions. Segundo a equipe responsável, existe a crença de que este naufrágio é o do navio África, que desapareceu no ano de 1895, levando consigo uma tripulação composta por 11 marinheiros.

Recebemos uma dica de que cientistas fazendo um levantamento de peixes offshore haviam notado uma anomalia em seu sonar, basicamente um inchaço incomum em um leito de lago aparentemente plano", explica Melnick.

Em busca dessa pista, a equipe conseguiu localizar a embarcação durante as filmagens do novo documentário intitulado "All Too Clear" (traduzido como "tudo claro demais" em português) da emissora canadense TVOntario. O documentário aborda os danos ecológicos significativos causados pela introdução de mexilhões-zebra invasores nos Grandes Lagos, há mais de 30 anos.

Vista em tempo real

O drone subaquático Boxfish Luna, operado por Zach Melnick a partir de uma estação de controle dentro do barco, foi o instrumento que permitiu à equipe observar em tempo real a emocionante descoberta. De acordo com Yvonne Drebert, em um comunicado: "Estávamos lá embaixo por apenas alguns minutos quando uma estrutura enorme surgiu das profundezas — era um naufrágio. Não podíamos acreditar".

Naufrágio encontrado debaixo do Lago Huron - Crédito: Divulgação / Inspired Planet Productions

Identificar o navio, no entanto, não foi uma tarefa simples, pois, estava coberto de mexilhões-zebra invasores (Dreissena polymorpha). Essa espécie invasora, discutida no documentário devido ao impacto que tem causado na reconfiguração do ecossistema dos Grandes Lagos, representou um desafio na identificação do naufrágio.

Para solucionar o enigma, a equipe buscou o auxílio do historiador marítimo local Patrick Folkes e da arqueóloga marinha Scarlett Janusas. Em uma expedição subsequente, o grupo retornou ao local com o drone para realizar filmagens e medições.

Gigante dos mares

As medidas obtidas pelo drone confirmaram que se tratava do navio África, que tinha aproximadamente 45 metros de comprimento, 8 metros de largura e quase 4 metros de altura. Além disso, foi identificada a presença de carvão, que fazia parte da carga da embarcação e estava espalhado ao seu redor.

O África foi originalmente construído em 1873 para transportar passageiros e carga. Posteriormente, em 1886, o navio foi parcialmente consumido por um incêndio e, após a reconstrução, passou a ser utilizado exclusivamente para o transporte de cargas, segundo a Galileu.

O trágico destino do África ocorreu em 4 de outubro de 1895, quando o navio partiu de Ashtabula, Ohio, nos Estados Unidos, cedo pela manhã, rebocando a balsa Severn, ambos carregados de carvão e com destino a Owen Sound, Ontário. No entanto, uma tempestade de neve quebrou o cabo de reboque que os unia, levando ao naufrágio da embarcação.