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Notícias / Navio

300 anos depois, análise faz descoberta curiosa sobre osso encontrado no navio Vasa

O navio sueco afundou já na sua viagem inaugural, minutos depois de zarpar, em 1628 e ficou no mar por mais de 300 anos

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 04/04/2023, às 17h00 - Atualizado em 06/04/2023, às 12h29

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Foto do navio Vasa exposto no Museu Vasa disponível em https://www.flickr.com/photos/jlascar/24562372260 - Jorge Láscar/Flickr
Foto do navio Vasa exposto no Museu Vasa disponível em https://www.flickr.com/photos/jlascar/24562372260 - Jorge Láscar/Flickr

No ano de 1628, o navio sueco Vasa afundou minutos depois de zarpar, em sua viagem inaugural, e matou cerca de 30 pessoas. A teoria mais aceita é a de que a instabilidade do navio não suportou uma rajada de ventos, sendo o perfil da tripulação o maior mistério dessa tragédia. Em 1961, a embarcação foi recuperada e se tornou o palco de diversas investigações arqueológicas.

Nelas, ossos humanos foram encontrados e, em uma das análises, foi determinado que um esqueleto, identificado somente como “G”, pertencia a um homem. Porém, recentes estudos indicaram que, na verdade, trata-se de um esqueleto feminino.

O objetivo desse trabalho, que ocorre em parceria entre o Museu Vasa e o Departamento de Imunologia, Genética e Patologia da Universidade de Uppsala, na Suécia, desde 2004, é investigar o máximo possível sobre cada indivíduo do navio.

Ao analisar os ossos encontrados, foi possível identificar características como altura, idade e histórico médico. No entanto, os estudos do DNA revelaram ainda mais informações. A líder da pesquisa, a professora de genética forense Marie Allen, disse em um comunicado:

Para nós, é interessante e desafiador estudar os esqueletos do Vasa. É muito difícil extrair DNA de um osso que está no fundo do mar há 333 anos, mas não é impossível”.
Cientistas estudando o esqueleto do navio Vasa - Crédito: Divulgação / Vasamuseet

Pequenas pistas

Allen disse, segundo a Galileu, que acreditavam mesmo que o esqueleto fosse masculino, mas primeiro, a equipe percebeu que a pelve do esqueleto se assemelhava a uma estrutura mais feminina. 

Ela explica que depois da análise do DNA, foi possível ter mais clareza. “Simplificando, não encontramos cromossomos Y no material genético de G. Mas não tínhamos certeza e queríamos confirmar o resultado”.

Após um estudo interlaboratorial feito por Kimberly Andreaggi, cientista do Laboratório de Identificação de DNA das Forças Armadas do Sistema Médico Examinador das Forças Armadas (AFMES-AFDIL) em Delaware, a confirmação veio.

Pegamos novas amostras de ossos para os quais tínhamos perguntas específicas. A AFMES-AFDIL analisou as amostras e conseguimos confirmar que G era uma mulher, graças ao novo teste”.

Os resultados da análise de DNA são uma parte histórica importante para o Museu Vasa em seu trabalho de pesquisa sobre as pessoas do navio.