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Notícias / Brasil

44% dos brasileiros pensa que o país pode se tornar comunista, aponta Ipec

Mais de 30 anos após a queda da União Soviética, o medo do comunismo ainda está presente nas mentes de muitos no Brasil

Redação Publicado em 20/03/2023, às 10h29

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Imagem meramente ilustrativa da bandeira do Brasil - Divulgação/ Freepik/ wirestock
Imagem meramente ilustrativa da bandeira do Brasil - Divulgação/ Freepik/ wirestock

O Ipec, instituto brasileiro de pesquisas de opinião, divulgou no último domingo, 19, um levantamento avaliando o que a população do Brasil pensa a respeito de inúmeros assunto, incluindo a suposta "ameaça comunista". 

A iniciativa conclui que 44% dos cidadãos acredita que o país corre o risco de se tornar comunista no futuro. 48%, por sua vez, é da opinião que isso não irá acontecer, e 2% não concorda e nem discorda que essa radical mudança de regime é possível. 

Conforme repercutido pelo G1, o índice de pessoas que concordaram com a probabilidade da ideia é mais alto entre pessoas que moram nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte.

Essa opinião também se mostrou particularmente recorrente entre aqueles que seguem a religião evangélica: dentro deste grupo, 57% são assombrados pela possibilidade. É importante enfatizar, por fim, que a margem de erro das estatísticas é de dois pontos percentuais, podendo variar para cima ou para baixo. 

Lula 

A pesquisa do Ipec concluiu ainda que essa preocupação com um futuro vermelho é muito mais frequente na parte da população que desaprova a eleição de Lula. Isso, pois 87% daqueles que avaliaram o governo atual como "ruim" ou "péssimo" também pensam que o país pode aderir ao comunismo. 

De acordo com Camila Rocha, uma cientista política consultada pela Folha de São Paulo, o medo dessa troca de regime pode ser conectada com a retórica de Jair Bolsonaro durante a corrida presidencial — o ex-presidente diversas vezes afirmou que a volta do PT ao poder significaria a transformação do Brasil em "outra Venezuela". 

A maior parte das pessoas associa o comunismo na América Latina com as situações de Venezuela e Cuba, combinações de um regime autoritário com realidades como fome e desabastecimento. Isso esteve muito presente nas narrativas do Bolsonaro", apontou a pesquisadora.