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Notícias / Arábia Saudita

Mulher saudita recebe 45 anos de prisão após criticar governo nas redes sociais

O caso é semelhante ao da estudante Salma al-Shehab, condenada também por conta de postagens no Twitter

Redação Publicado em 01/09/2022, às 11h33 - Atualizado às 12h30

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Trecho de reportagem mostrando Nourah bint Saeed al-Qahtani - Divulgação/ Vídeo/ AlEkhbariya
Trecho de reportagem mostrando Nourah bint Saeed al-Qahtani - Divulgação/ Vídeo/ AlEkhbariya

Recentemente, outra mulher saudita foi condenada após fazer publicações nas redes sociais falando contra o governo de seu país. Nourah bint Saeed al-Qahtani foi a julgamento no fim do último mês de agosto, sendo sentenciada a 45 anos de prisão. 

Segundo decidido pelo Tribunal Penal Especializado da Arábia Saudita, ela teria, por conta de suas postagens, “usado a Internet para rasgar o tecido social” e “violado a ordem pública e os valores religiosos”, de acordo com informações repercutidas pelo portal MediaTalks. 

A nova prisão é criticada por ONGs internacionais de defesa dos direitos humanos, como a Democracy for the Arab World Now (DAWN).

"Apenas semanas após a chocante sentença de 34 anos de Salma al-Shehab neste mês, a sentença de 45 anos de al-Qahtani, aparentemente por simplesmente tuitar suas opiniões, mostra como as autoridades sauditas se sentem encorajadas a punir até mesmo as críticas mais leves de seus cidadãos", afirmou Abdullah Alaudh, um dos líderes da fundação, em um comunicado público.

Contexto geopolítico 

O ativista ainda conectou o evento com uma reunião do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o príncipe da Arábia Saudita. Para Abdullah, caso o Ocidente respondesse de maneira firme a situações repressivas como essas, elas não ocorreriam com tanta frequência. 

"É impossível não ligar os pontos entre a reunião do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman com o presidente Biden no mês passado em Jeddah e o aumento dos ataques repressivos contra qualquer um que ouse criticar o príncipe herdeiro ou o governo saudita por abusos bem documentados (...) Mesmo o príncipe herdeiro não permitiria sentenças tão vingativas e excessivas se ele achasse que essas ações seriam enfrentadas por uma censura significativa pelos Estados Unidos e outros governos ocidentais. Claramente, eles não são", concluiu o diretor da DAWN.