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Notícias / Roberto Jefferson

Advogado que vendeu armas à Roberto Jefferson recebe R$ 1,6 milhão do PTB

O advogado Luiz Gustavo Pereira da Cunha, afirmou que vendeu o fuzil usado por Roberto Jefferson durante o ataque à policiais

Redação Publicado em 09/11/2022, às 15h52

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Antiga gravação de Roberto Jefferson - Reprodução / Vídeo
Antiga gravação de Roberto Jefferson - Reprodução / Vídeo

O advogado Luiz Gustavo Pereira da Cunha — que afirmou ter doado e vendido armas ao ex-deputado Roberto Jefferson, hoje preso por ordem do STF — recebeu do PTB cerca de R$ 1,6 milhão. 

Segundo dados disponibilizados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), como informado pela Folha de São Paulo, por meio do fundo eleitoral (R$ 850 mil) e do fundo partidário (R$ 830 mil até agora), os valores foram repassados esse ano. Esse foi o valor corresponde ao maior gasto da sigla com um fornecedor nestas eleições.

Esse ano, Cunha se candidatou como vice-governador no Distrito Federal, pela chapa de Coronel Moreno, do PTB.  Sua chapa, ficou em quarto lugar por conseguir apenas 94.100 votos e obteve R$ 1 milhão de recursos do fundo do partido. 

Roberto Jefferson atacou agentes federais, em Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, em 23 de outubro, ao resistir à prisão. Cunha declarou que vendeu o fuzil com mira telescópica, usado pelo ex-deputado durante o ataque.

Paixão pela prática de tiros

Em declaração à Folha, Cunha alegou que eles costumavam trocar armas regularmente, em decorrência "da amizade" entre eles e da paixão de ambos pela prática de tiros. 

"Já vendi algumas armas para ele, ele já me vendeu outras. Eu já dei armas para ele, ele já me deu arma de aniversário", disse.

Segundo o advogado, é normal entre CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) a venda, transferência e doação de armas. Ele alegou também que essa troca é permitida e segue os parâmetros estabelecidos pelo Estatuto do Desarmamento, em vigência desde 2003.

Por ser instrutor de tiros, cunha também já deu aulas para Jair Renan Bolsonaro, um dos filhos do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Amigos

Segundo Cunha, os valores que foram repassados pelo PTB não possuem relação com sua defesa a Roberto Jeffersonna Justiça, alegando que tudo o que recebe "está dentro de um parâmetro legal do estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, de acordo com a quantidade de processos que administra e cuida."

Ele apresentou novos recursos ao STF na segunda-feira, 7, com o objetivo de livrar Jefferson da cadeia. Esse pedido foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes.

O ministro autorizou, na semana passada, o Exército a marcar uma data para notificar Jefferson sobre o cancelamento de seu registro de CAC.