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Notícias / Amazônia

Amazônia pode atingir colapso irreversível antes do fim desta década

Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que bioma já estaria passando por processo de savanização; entenda!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 08/08/2023, às 10h04

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Queimada na Amazônia - Valter Campanato/Agência Brasil
Queimada na Amazônia - Valter Campanato/Agência Brasil

Até 2029, a Amazônia pode atingir um ponto de não retorno; ou seja, segundo uma coalizão entre cientistas e líderes indígenas, os altos índices de desmatamento e degradação do bioma cresceram tanto nos últimos anos que os danos podem ser irreversíveis.

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Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a Amazônia já estaria passado por um processo chamado "savanização" — quando um bioma de vegetação natural ou floresta tropical se transforma em uma área com paisagens semelhantes às savanas da África.

Conforme relatado pelo G1, mais de 2 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia já estão próximos de alcançar o ponto de não retorno. O principal 'vilão' por trás desta história seria a agropecuária; visto que a área florestal ocupada pela agricultura triplicou desde 1985. A criação de gado, atualmente, já emite cerca de 2% dos gases de efeito estufa do mundo todo.

Outra preocupação diz respeito às queimadas, que podem tornar a floresta mais seca e atrapalhar seu mecanismo de chuva, o que faria que o bioma deixasse de ser autossustentável nesse quesito — visto que o mesmo já não mais seria capaz de garantir a quantidade de chuva necessária para sua própria manutenção.

Mudanças imediatas

As consequências, embora alarmantes, ainda podem ser reversíveis, apontam os especialistas, mas as ações precisam ser imediatas. Segundo o levantamento, repercute o G1, ainda existe a possibilidade de preservação de 74% da Amazônia intacta remanescente. Além disso, pode-se restaurar até 6% da área já degradada.

No entanto, IPCC aponta que a área florestal que sobrou precisa ser gerida em conjunto entre as comunidades indígenas locais e os governos de cada país, para que, unidos, apresentem um plano com metas para proteger 80% do território até 2025.