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Notícias / Paleontologia

Âmbar de 100 milhões de anos abriga 'orgia' de insetos aquáticos

Amostra de âmbar descoberta no Mianmar abriga conjunto de insetos pré-históricos em processo de acasalamento; confira!

Éric Moreira Publicado em 08/04/2024, às 08h49

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Âmbar contendo "orgia" de insetos de 100 milhões de anos - Divulgação/Academia Chinesa de Ciências (NIGPAS)
Âmbar contendo "orgia" de insetos de 100 milhões de anos - Divulgação/Academia Chinesa de Ciências (NIGPAS)

Na última quarta-feira, 3, pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências (NIGPAS) anunciaram a descoberta de um âmbar de 100 milhões de anos em que, em seu interior, estão preservados antigos insetos aquáticos em uma. Descobertos no Mianmar, estes animais são da ordem Gerromorpha, e possuem nome científico de Burmogerris rarus gen. e sp. nov.

O mais curioso no achado, porém, é o fato de que os animais estão em uma espécie de "orgia", tendo sido fossilizados no âmbar em plena prática de cópula. Ao todo, são sete insetos presos, dos quais dois pares estão em acasalamento, e os outros três são duas fêmeas e um macho.

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Insetos ancestrais

Fu Yanzhe, pesquisador do grupo responsável por divulgar a descoberta informa em comunicado que especula-se que os machos desta espécie, que possuem pequeno porte, apresentavam diferenças físicas com relação às fêmeas — o que se chama dimorfismo sexual — nas protíbias (um dos segmentos da perna), que são mais curvas, enquanto nas fêmeas são mais retas.

Fora isso, também é descrito que as protíbias dos machos possuem entre 15 e 17 segmentos descontínuos, formando uma estrutura ausente nas fêmeas.

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Ao comparar os pentes protibiais do macho com espécies da família Veliidae, sugerimos que o pente protibial especializado dos novos fósseis funciona como um aparelho de preensão, provavelmente representando uma adaptação para superar a resistência feminina durante as lutas", explica no comunicado o professor Huang Diying do Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanjing da NIGPAS.