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Notícias / São Paulo

Anúncio prévio e encorajamento: O que revelou a conta privada de autor de atentado em São Paulo

Em rede social, responsável por ataque em escola de São Paulo anunciou o ataque no domingo

Redação Publicado em 28/03/2023, às 11h12

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Registros da rede social do responsável em ataque em escola de SP - Reprodução/Redes Sociais
Registros da rede social do responsável em ataque em escola de SP - Reprodução/Redes Sociais

Nas últimas horas, um ataque ocorrido em uma escola estadual de São Paulo deixou o país em estado de indignação. Na Escola Estadual Thomazia Montoro, um adolescente de 13 anos atacou professoras e colegas com uma faca, deixando uma morta e as outras feridas. Além disso, um colega de sala também acabou ferido com o ataque. 

Com os passos iniciais das investigações, as autoridades encontraram a conta privada que o adolescente mantinha em uma rede social. No domingo, por exemplo, ele até mesmo já havia anunciado o crime e fora encorajado por outros seguidores, que curtiram e comentaram as publicações, como repercutido pelo O Globo.

A conta privada

A investigação, inclusive, notou que um dos seguidores se autodenominava como 'mentor' do adolescente e se disse 'orgulhoso' ao comentar o atentado ocorrido na última segunda-feira, 27.

Irá acontecer hoje, esperei por esse momento minha vida inteira, tomara que consiga alguma kill ('morte') pelo menos, minha ansiedade começa a atacar por causa disso. Enfim... me desejem boa sorte", escreveu o adolescente na rede social antes do ataque.

Já em outras publicações, o autor do ataque não só disse que estava 'ansioso', mas também que chegou a comentar sobre qual luva seria usado no momento do atentado e a máscara utilizada na última segunda-feira, 27. Também chama atenção que na rede social, seu nome de usuário contava com o sobrenome 'Taucci'. Guilherme Taucci foi o responsável pelo trágico massacre de Suzano, ocorrido no ano de 2019.

Registro de interações com o responsável por ataque em escola de São Paulo /Crédito: Redes Sociais

Durante coletiva, Guilherme Derrite, atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, explicou que as pessoas que interagiram de qualquer maneira com as publicações, serão investigadas e intimadas a depor. Afinal, a conta era privada e somente essas pessoas tinham conhecimento das publicações.

Ele também destacou que, por se tratar de uma conta privada, a polícia não tinha como saber do ataque antes da segunda-feira. 

"Já sabemos que este garoto estava planejando fazer o atentado com uma arma de fogo e não conseguiu. Ele relatou isso informalmente aos policiais civis e militares que atenderam a ocorrência. Sobre as publicações feitas por ele no Twitter, nós só conseguimos ter acesso quando acessamos o celular dele, porque a página era restrita. Quem tinha acesso era somente ele e os usuários amigos dele. Não era algo público, então, na prática, não tínhamos como antecipar", explicou o secretário.

Além disso, as autoridades não descartam a possibilidade do adolescente ter recebido ajuda de outros colegas. Também é mencionada a interação dos seguidores na conta privada, que tinham consciência do que aconteceria.

"Não descartamos que ele tenha sido ajudado ou que outros colegas de escola tenham participado do plano, mas podemos dizer que outros colegas dessa rede social tinham consciência de tudo o que viria a acontecer, até pelas curtidas e comentários na postagem dele", disse o secretário. "Isso será objeto de apuração da Polícia Civil e, sendo menor de 18 anos, os responsáveis também serão chamados para depor. Mais gente estava sabendo? os pais teriam algum conhecimento de que isso poderia acontecer? Tudo isso será investigado".

Também é citado que, somente no mês de março, a polícia conseguiu conter ataques em São José dos Campos, Caçapava, Tupã e Monte Mor. "Ações já vêm sendo tomadas pelos serviços de inteligência das polícias para evitar que tragédias como essa aconteçam", disse ele.