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Notícias / Susana Naspolini

Aos 49 anos, morre de câncer Susana Naspolini, repórter da Globo

Susana Naspolini faleceu aos 49 anos nesta terça-feira, 25

Redação Publicado em 25/10/2022, às 21h47 - Atualizado às 22h22

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Susana Naspolini - Reprodução/Redes Sociais
Susana Naspolini - Reprodução/Redes Sociais

O jornalismo brasileiro perdeu um marcante nome nesta terça-feira, 25. Faleceu aos 49 anos a repórter Susana Naspolini, da TV Globo. Após receber o diagnóstico de câncer em fase de metástase no osso da bacia, a repórter estava internada há mais de uma semana em São Paulo.

A morte de Susana foi revelada por sua filha Julia, de 16 anos, através de um comunicado no Instagram. A jovem destacou que a mãe 'lutou muito'. 

"Oi, amigos, Julia aqui. É com o coração doendo que venho contar pra vocês que a mamãe não está mais com a gente. Ela lutou muito, nossa guerreira! Agradeço muito pelas orações, muito mesmo, muito obrigada, mas infelizmente não deu", disse Julia.

Na última semana, Julia havia publicado um vídeo no qual falava sobre o delicado estado de saúde de sua mãe. 

"Ela estava com metástase no osso da bacia, já tinha se espalhado pra medula óssea desde julho. Então, ela vinha com uma quimioterapia mais forte, que fez ela perder o cabelo. Mas a metástase se espalhou por vários outros órgãos, entre eles o fígado. O fígado tá muito comprometido. Ele [o médico] disse que não sabem mais o que fazer, não sabem se tem mais alguma coisa pra ser feita, e o estado dela é muito grave. Eu não sei o que fazer", afirmou ela.

Carreira

Nascida em dezembro de 1972, em Criciúma, Santa Catarina, Susana enfrentou o câncer pela primeira vez quando tinha apenas 18 anos. Ela descobriu um linfoma e encarou 12 sessões de terapia. 

Talentosa, trabalhou no SBT em Florianópolis até se formar e, em seguida, passou a trabalhar na RBS, afiliada da TV Globo. Lá, foi editora-chefe e apresentadora do telejornal local durante dois anos.

Todavia, a carreira de Susana passou por uma reviravolta no ano de 2008. Ela foi escalada para apresentar o 'Rj Móvel', do 'RJ1', ao lado de outros colegas de trabalho. No quadro, recebia denúncias de moradores sobre obras abandonadas, buracos nas ruas e até mesmo praças em estado decadente. Chamando atenção, passou a assumir o quadro sozinha.

Ao receber os relatos, ela chamava uma autoridade responsável no ao vivo, que deveria esclarecer a situação ou propor uma solução. Em seguida, Susana marcava a data num calendário e, no dia marcado, retornava ao local da denúncia para verificar se os problemas foram resolvidos.

No quadro que até hoje viraliza nas redes sociais, a repórter esbanjava simpatia e até mesmo chegou a escalar muros e árvores, ou usar fantasias. 

"Os moradores me contam os dramas e criamos juntos as situações. É minha obrigação saber o que dá ou não para fazer ao vivo. Se não conseguem andar de bicicleta, eu preciso mostrar isso. Se o morador coloca saco plástico no pé para passar pelo esgoto, vou botar também", disse ela ao UOL no ano de 2019.

Globo se despede

Através de um comunicado publicado nas redes sociais, a TV Globo lamentou a morte da jornalista e relembrou sua brilhante trajetória na emissora carioca. 

"A jornalista Susana Naspolini morreu nesta terça-feira em São Paulo, vítima de um câncer. A repórter era uma das mais populares da TV Globo no Rio, onde deixou sua marca por anos no quadro de jornalismo comunitário RJ Móvel, do RJ1.

Aos 49 anos, Susana teve identificado um tumor na bacia, que se espalhou por outros órgãos. Ela havia tratado outros quatro tipos de câncer desde 1991.

Naspolini trabalhava no Grupo Globo desde 2002. Ganhou muita popularidade no Grande Rio devido à forma divertida de interagir com os moradores e cobrar as autoridades por soluções para os problemas comunitários.

Conseguiu tornar popular um quadro de serviço, na maior parte das vezes de questões locais em áreas abandonadas pelo poder público. Com seu calendário de papel, cobrava de representantes dos órgãos públicos uma data para a conclusão das melhorias. Anotava o dia e voltava com sua equipe para verificar se os problemas haviam sido resolvidos como prometido. Em caso negativo, regressava algumas semanas depois novamente, até que tudo fosse solucionado.

Susana deixa sua filha única, Julia".