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Notícias / EUA

Após 18 anos preso injustamente, homem tem condenação anulada nos EUA

Aos 35 anos de idade, Sheldon Thomas passou mais tempo de sua vida preso do que solto — mas é inocente

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 10/03/2023, às 08h31

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Sheldon Thomas foi condenado injustamente - Divulgação / ABC News
Sheldon Thomas foi condenado injustamente - Divulgação / ABC News

Nesta quinta-feira, 9, um juiz do tribunal distrital do Brooklyn, em Nova York, anulou a condenação de Sheldon Thomas, um homem negro que passou 18 anos na prisão por um assassinato que não cometeu.

De acordo com a agência de notícias AFP, Thomas foi sentenciado com base em uma fotografia de outra pessoa, mas, após tantos anos, o promotor distrital Eric González pediu que a sentença fosse anulada. A anulação foi confirmada pelo juiz Matthew D'Emic.

Em 2004, o homem foi acusado e condenado a 25 anos de prisão pelo homicídio de Anderson Bercy, de 14 anos, e lesão corporal em outro adolescente, durante uma troca de tiros no Brooklyn.

Inicialmente, a acusação afirmou que Thomas e outros dois indivíduos, todos membros de uma mesma gangue, estavam envolvidos no tiroteio. Porém, segundo as provas, apenas duas armas foram usadas para realizar disparos de dentro de um carro.

Além disso, a testemunha que identificou os autores dos disparos não reconheceu Thomas. Um detetive então mostrou uma foto de outra pessoa, também chamada SheldonThomas, existente em uma base de dados da polícia, e ela o reconheceu como um dos autores dos disparos.

Nova investigação

A nova investigação concluiu, de acordo com a fonte, que o norte-americano foi privado do "devido processo legal em cada etapa" e que foi vítima de uma "condenação fundamentalmente injusta".

A defesa mostrou a 32 estudantes de direito negros uma foto do acusado e a que foi usada como prova no primeiro julgamento. Vinte e sete concluíram que o Thomas acusado não era o mesmo da foto.

Após a decisão, o procurador González disse que é preciso "ter a coragem de corrigir os erros do passado" e rever velhos casos suspeitos.