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Notícias / Brasil

Após cheia alagar 75% de sua área, cidade do Acre planeja mudar de lugar

Entre fevereiro e março, município de Brasiléia enfrentou a maior enchente de sua história, e agora prefeitura espera mudar cidade de lugar

Éric Moreira Publicado em 06/03/2024, às 09h17

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Fotografia de Brasiléia após enchentes - Divulgação/Prefeitura de Brasiléia
Fotografia de Brasiléia após enchentes - Divulgação/Prefeitura de Brasiléia

Entre o fim de fevereiro e começo deste mês de março, a cidade de Brasiléia, no Acre, localizada na região da fronteira com a Bolívia, enfrentou a maior enchente de sua história. Após ter 75% de sua área alagada, agora autoridades pedem a realocação das construções para uma nova área, mais elevada.

O novo alagamento superou aquele que era considerado o maior até então, ocorrido em 2015. Porém, nos últimos anos as cheias vêm ficando mais comuns, e afetam cada vez mais a população de Brasiléia.

Infelizmente, essas mudanças climáticas não são mais fenômenos de longo espaço de tempo. Praticamente todo ano [uma cheia] virou realidade. Eu não queria dizer isso, mas é a quarta enchente em Brasileia em 12 anos. E cada uma vem em proporção muito maior que a anterior", disse a prefeita Fernanda Hansemm (PP) a Carlos Madeiro em reportagem ao UOL.

O governador do Acre, Gladson Camelli, também defende a ideia de remanejar as edificações da área alagável de Brasiléia: "A gente precisa colocar a pedra fundamental da cidade em uma parte alta, se não, daqui a 11 meses voltamos ao mesmo cenário. O poder público não tem condições de conviver com isso. Vamos fazer esse apelo ao presidente Lula para que a gente consiga avançar."

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Cidade isolada

Atualmente, o Acre é palco de 19 das 22 cidades em situação de emergência recente, devido às cheias do rio Acre. Nelas, foram montados 97 abrigos públicos, que já receberam quase 10 mil pessoas; além destas, ainda há mais de 17 mil pessoas desalojadas, que buscaram refúgio junto a familiares ou amigos.

Brasiléia, porém, enfrentou uma série de dramas extras. Isso porque a força da água destruiu 20 pontes, o que a deixou isolada por via terrestre, além de sem água encanada e sem energia em vários momentos.

A ponta que liga a cidade ao município vizinho de Epitaciolândia, a única saída terrestre para o restante do Brasil, foi fechada por conta da água, e agora a única pista terrestre disponível para deixar a cidade a conecta a Cobija, na Bolívia, tornando Brasiléia uma cidade praticamente isolada do restante do Brasil, atualmente.

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"A cidade tem de se preparar para as mudanças que chegaram. Vamos colocar toda nossa equipe para trabalhar na área de engenharia, analisar ponto por ponto o que foi repassado pelo governo federal, para montar o plano de reconstrução de Brasiléia", pontua, por fim, Fernanda Hansemm.