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Notícias / Boate Kiss

Após críticas, diretora de série sobre Boate Kiss fala em silenciamento

Internautas afirmaram que produção seria "desnecessária". Entenda!

Redação Publicado em 26/01/2023, às 10h15

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Trecho da série "Todo Dia a Mesma Noite" - Divulgação/ Youtube/ Netflix
Trecho da série "Todo Dia a Mesma Noite" - Divulgação/ Youtube/ Netflix

"Todo Dia a Mesma Noite", a série inspirada no livro-reportagem de mesmo nome que reconta a tragédia da Boate Kiss, estreou na Netflix na última quarta-feira, 25, dois dias antes do incêndio mortal completar uma década. 

Nas redes sociais, todavia, nem todos viram a produção de maneira positiva, com alguns internautas a considerando "desnecessária" por supostamente explorar o trauma dos sobreviventes e famílias das vítimas para gerar "entretenimento". 

A repercussão negativa levou tanto a autora do livro-reportagem, Daniela Arbex, assim como a diretora da série, Julia Rezende, a se manifestarem a respeito das críticas.

O audiovisual mundial foi construído a partir de acontecimentos reais. De Titanic ao World Trade Center, a dezenas de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. Muitos filmes brasileiros também já foram feitos a partir de personagens reais ou acontecimentos. Então, eu acho que querer recusar isso, primeiro, é uma bobagem. Depois, é uma forma de silenciamento", apontou Rezende em entrevista ao Splash, portal do UOL. 

A artista enfatizou ainda a necessidade de "dar voz ao acontecimento" e "não deixar cair no esquecimento".

Vale lembrar que, mesmo dez anos depois, ninguém foi preso em conexão com o incêndio, ainda que se trate que uma tragédia que poderia ter sido facilmente prevenida com a realização de protocolos de segurança — como a presença de saídas de emergência ou a decisão de não permitir um show pirotécnico em um ambiente fechado. 

A escritora 

Daniela, que escreveu a obra definitiva compilando os detalhes sobre o terrível acontecimento — fazendo para tanto mais de uma centena de entrevistas com as famílias das vítimas e sobreviventes — argumenta que é preciso falar sobre a Boate Kiss para que o evento não se repita. 

A gente precisa muito trabalhar essa ideia equivocada de que não falar poupa os pais do sofrimento. Não falar não é uma opção. Esquecer é negar a história. E que pai e que mãe quer que o seu filho seja esquecido? (...) Não falar é o que causa sofrimento. Não falar é que permite que outras tragédias como essa aconteçam no Brasil", concluiu a jornalista ao Splash.