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Notícias / Prisioneiro

Após homem morrer de hipotermia, prisão nos EUA é acusada de maus-tratos

A família do falecido obteve vídeos perturbadores mostrando o tratamento desumano ocorrido dentro da penitenciária

Ingredi Brunato Publicado em 16/02/2023, às 12h28

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Montagem mostrando o preso na penitenciária, e em fotografia anterior à prisão - Divulgação/ Alabama Southern Division Court
Montagem mostrando o preso na penitenciária, e em fotografia anterior à prisão - Divulgação/ Alabama Southern Division Court

No estado norte-americano do Alabama, localizado nos EUA, um prisioneiro de 33 anos aguardando julgamento morreu de hipotermia no último mês de janeiro após supostamente ser mantido nu em um freezer industrial pelos guardas da penitenciária. 

Tony Mitchell foi preso após membros preocupados de sua família chamarem a polícia para sua casa. Os oficiais encontraram metanfetamina, heroína e uma arma na residência, o que também é consistente com os relatos de seus entes queridos, que acreditam que ele sofria com dependência de drogas. 

O homem passou apenas duas semanas preso em detenção antes de ser encaminhado para o hospital, onde foi declarado morto imediatamente. Sua situação era inusual: além da ausência de pulso, os profissionais que o socorreram observaram uma temperatura corporal interna de 22°C, muito abaixo dos 36°C, que são o normal. 

Tortura 

Conforme informações do New York Post, a família de Mitchell, que obteve acesso às imagens capturadas pelas câmeras de segurança da penitenciária, abriu um processo contra o local, acusando seus funcionários de maus-tratos. 

De acordo com as informações expostas na ação judicial, o norte-americano teria sido eletrocutado, colocado em uma cadeira de contenção e deixado sem roupas no "freezer da cozinha da prisão ou em um ambiente gelado similar por um longo tempo". 

Imagens de Mitchell na unidade de detenção / Crédito: Divulgação/ Alabama Southern Division Court

Enquanto Tony definhava nu e morrendo de hipotermia nas primeiras horas da manhã de 26 de janeiro e suas chances de sobrevivência diminuíam, vários agentes penitenciários e equipe médica vagaram até a porta aberta de sua cela para observar e se divertir com sua condição", afirmou a mãe do falecido nos documentos. 

Vale apontar ainda que os vídeos perturbadores mostrando os maus-tratos ao qual o homem foi submetido teriam sido fornecidos à família enlutada por Karen Kelly, uma funcionária do departamento correcional que foi demitida posteriormente à ação. 

Em um comunicado repercutido também pelo New York Post, o advogado dos parentes de Mitchell elogiou o comportamento de Kelly

"As evidências de abuso teriam sido enterradas com Tony Mitchell, não fosse pela bravura de uma oficial penitenciária solitária que fez vídeos do que realmente aconteceu com Tony e compartilhou um deles. E eles a demitiram por expor a verdade sobre esse abuso", concluiu o profissional.