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Notícias / Ciência

Após procedimento cirúrgico inédito, fêmea da espécie abutre-barbudo se torna o primeiro pássaro biônico

A ave sofreu um acidente e sua pata precisou ser amputada, contudo, os especialistas perceberam que o animal não sobreviveria nessas condições e decidiram usar uma prótese. Entenda!

Penélope Coelho Publicado em 24/06/2021, às 07h15

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Fotografia do abutre-barbudo, Mia - Divulgação/Sarah Hochgeschurz et.al/Scientific Reports
Fotografia do abutre-barbudo, Mia - Divulgação/Sarah Hochgeschurz et.al/Scientific Reports

Recentemente, um estudo divulgado no jornal científico Scientific Reports, revelou um procedimento inédito realizado em uma ave. De acordo com a pesquisa, uma fêmea de abutre-barbudo se tornou a primeira ave biônica, após passar por procedimento cirúrgico inédito e receber uma prótese em sua pata direita. As informações foram publicadas na última terça-feira, 22, pela Revista Galileu.

Segundo revelado na reportagem, a ave chamada Mia — que reside em um santuário para corujas e aves de rapina, em Haringsee, na Áustria — feriu a pata após ficar presa em uma lã de ovelha dentro de seu ninho, o incidente resultou em necrose e houve a necessidade de amputar o membro.

De acordo com os especialistas, o pássaro não iria sobreviver por muito tempo sem a pata, já que para a espécie de Mia tais membros são “ferramentas vitais [...] não só para pousar e andar, mas também para segurar a presa, de modo que seus pés suportem cargas diversas”, como revelou em comunicado, o líder da equipe de cirurgia da Universidade Médica de Viena, Oskar Aszmann.

Por isso, a equipe decidiu fabricar “um implante ósseo especial que poderia ser corrigido cirurgicamente ao toco da pata”, afirmou Aszmann.

Raio-x realizado na ave, mostra a prótese na pata direita de Mia / Crédito: Divulgação/ Universidade Médica de Viena

Para realizarem o procedimento, os especialistas desenvolveram uma prótese a partir da técnica de osseointegração. Tal método já havia sido utilizado em humanos, contudo, essa foi a primeira vez que esse tipo de mecanismo foi usado em uma ave.

Segundo revelado no estudo, a reabilitação de Mia após o procedimento correu bem e seis semanas após a cirurgia o pássaro já poderá andar normalmente com as duas patas.

Confira a pesquisa completa aqui.