Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Literatura

Após receber importante prêmio literário, autora admite uso de IA em romance

Depois que júri apontou que obra é 'tão perfeita que era difícil encontrar defeitos nela'; autora confidenciou uso da tecnologia para liberar seu potencial criativo

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 18/01/2024, às 10h47

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
A autora Rie Kudan em premiação - Reprodução/Video/Kiodo News
A autora Rie Kudan em premiação - Reprodução/Video/Kiodo News

Na última quarta-feira, 17, a autora japonesa Rie Kudan recebeu o Prêmio Akutagawa — um dos mais prestigiados de seu país no ramo literário — devido ao seu último romance, 'Tokyo-to Dojo-to' (ou, 'A Torre da Compaixão de Tóquio', em tradução livre).

Conforme aponta a AFP, o júri que escolheu o livro afirmou que a obra é "tão perfeita que era difícil encontrar defeitos nela". O romance apresenta uma Tóquio do futuro que fica em torno de uma torre usada como prisão, criada por uma arquiteta inconformada com a sociedade. 

O livro também aborda um tema recorrente de nossa contemporaneidade: a Inteligência Artificial. Acontece que o assunto não só foi usado no livro como também o ajudou a criá-lo. 

O uso da IA

Acontece que durante a cerimônia, Kudan admitiu que usou "todo potencial da IA para escrever este livro". Por meio da ajuda do ChatGPT, "cerca de 5%" de seu romance teve frases "geradas por IA". A ferramenta, segundo ela mesmo mencionou, a permitiu liberar seu potencial criativo. 

+ Escritores processam OpenAI em defesa da literatura

Ainda segundo a AFP, a escritora, de 33 anos, explicou que conversava frequentemente com a Inteligência Artificial, lhe confidenciando seus pensamentos mais íntimos. Assim, as respostas do ChatGPT a inspiraram em alguns diálogos que ela adaptou para o romance.